O banco Bradesco pediu autorização do ministro Teori Zavaski, relator da Operação Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF), para recuperar a Lamborguini apreendida na casa do senador Fernando Collor de Mello (PTC-AL) e que já foi devolvida ao parlamentar. O veículo está no nome da empresa Água Branca Participações, da qual Collor é sócio. A instituição financeira alega que a firma não pagou todas as parcelas do financiamento do carro. Segundo as investigações da Polícia Federal (PF), o veículo custou R$ 3,2 milhões.
A Lamborghini modelo Aventador foi um dos carros de luxo apreendidos na Casa da Dinda no ano passado durante uma das fases da Lava Jato. Depois disso, Teori Zavascki autorizou que o próprio senador Fernando Collor fosse o fiel depositário dos carros de luxo.
No pedido enviado ao Supremo, o Bradesco Financiamentos afirma que, em 2014, concedeu à Água Branca Participações um financiamento no valor líquido de R$ 1,6 milhão, que deveriam ser pagos em 60 parcelas mensais, cada uma no valor de R$ 39,3 mil.
Contudo, a empresa teria ficado inadimplente desde prestação vencida em 30 de junho de 2016, segundo o Bradesco. O banco conseguiu na Justiça de São Paulo autorização para apreender o bem e vendê-lo, com o objetivo quitar a dívida. Segundo o Bradesco, o débito é de R$ 1,2 milhão.
No entanto, como o veículo “encontra-se depositado em poder do senador Fernando Affonso Collor de Mello, cuja motivação repousaria no fato de figurar como devedor solidário da obrigação assumida com o Requerente (Bradesco), atuando, ainda, na situação de sócio dessa empresa”, o banco decidiu informou a Teori sobre a situação da Lamborghini e pedir autorização para apreender o veículo.
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