As 17 toneladas de documentos da Secretaria de Estado da Educação (Seed) que foram furtadas no início deste ano estavam guardadas em pequenas salas, de cerca de 20 metros quadrados cada, num barracão que não conta com nenhum sistema de segurança.
Na porta que dá acesso às salas, apenas dois pequenos cadeados garantem a "segurança" do local escolhido pelo governo para guardar documentos que registram informações bancárias e de pessoal da Seed, em Piraquara, na Grande Curitiba. Nas janelas, não há cadeado e de fora é possível ver documentação da secretaria que não foi levada pelos ladrões.
No fim da tarde de ontem, ainda em horário comercial, a reportagem da Gazeta do Povo foi até o local, que fica no bairro São Cristóvão, em Piraquara. Da janela é possível ver mais de 100 caixas de documentos. Em cada uma existe a logomarca da "ParanáEducação" e abaixo o conteúdo: "Movimentação bancária do Banco Itaú" (indicando o ano) e "Pasta funcional serviço social autônomo ParanáEducação". Nestas pastas funcionais constam a relação do nome e o registro pessoal (RG) dos servidores são mais de 40 trabalhadores listados em cada caixa.
O armazém dos papéis fica numa área cercada com uma única entrada. O terreno é do governo do estado e tem vários barracões dentro dele. Mas, segundo informações de pessoas que trabalham lá, a área foi cedida por 30 anos para a prefeitura de Piraquara. A administração municipal instalou nos barracões uma escola municipal; cursos de inclusão digital, de pré-vestibular e corte costura; um refeitório e a sede da Apae.
Durante todo o dia, o entra e sai de pessoas é intenso e sem qualquer tipo de controle. Prova disso é que durante a meia hora em que a reportagem esteve na área conversando com pessoas e tirando fotos, em nenhum momento houve qualquer tipo de abordagem.
O vigia e alunos que aguardavam os inícios das aulas contaram que nunca ouviram nada a respeito de roubo de documentos, mas relataram que nunca tiveram acesso ao barracão utilizado como depósito pela Secretaria de Educação. "Só quem entrava ali eram os funcionários da secretaria. Ninguém mais tinha acesso", disse um estudante que pediu para não ter o nome divulgado. Outra aluna, que pediu anonimato, relatou que recentemente máquinas do curso de corte e costura foram roubadas. "Roubo de documentos eu nunca ouvi não", disse ela.
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