Os aliados da governadora do Rio Grande do Sul, Yeda Crusius (PSDB), prometem rejeitar o pedido de impeachment da tucana logo na primeira fase, quando a admissibilidade de tramitação do processo será votada na comissão especial que tratará do assunto e no plenário da Assembleia Legislativa do estado.
A análise de admissibilidade será feita por uma comissão especial com 36 dos 55 deputados, a ser montada até o fim da próxima semana. O parecer do relator, pela tramitação ou pela rejeição do processo, terá de ser aprovado na comissão e no plenário. É nessa etapa, com final previsto para o início de outubro, que a situação espera usar da maioria que tem na Casa para encerrar o caso, segundo informações do jornal O Estado de S.Paulo.
Os parlamentares da base aliada (PSDB, PP, PMDB, PTB e PPS) entendem que o processo deve ser arquivado com a maior brevidade possível para evitar mais desgastes à imagem do governo e do estado e, para justificar a rejeição, vão alegar que as acusações formuladas no pedido são inconsistentes e não estão acompanhadas de provas concretas.
"Queremos que o processo seja breve para o Rio Grande [do Sul] parar de sofrer as consequências de tanta instabilidade política", destaca Pedro Westphalen (PP), líder do governo na Assembleia.
O pedido de impeachment foi formulado em junho pelo Fórum dos Servidores Públicos Estaduais, que apontou um suposto envolvimento de Yeda com irregularidades ocorridas no Departamento Estadual de Trânsito, e acolhido pelo presidente da Assembleia Legislativa, Ivar Pavan (PT), na quinta-feira (10).