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O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse nesta segunda-feira que é contra o reajuste de salário que está sendo pleiteado pelos juízes. O ministro disse que ainda não examinou a fundo a questão, mas, em princípio, não vê necessidade do aumento. Segundo ele, o momento é de contenção de gastos. O reajuste é um Projeto de Lei de iniciativa do Supremo Tribunal Federal (STF), enviado pela ministra-presidente, Ellen Gracie, ao Congresso, que sobe o salário de ministro do tribunal de R$ 24.500 para R$ 25.750. Os ministros do STF recebem o teto do funcionalismo público.

- Eu não sou a favor do aumento. Não sou eu que vou decidir, mas acredito, num primeiro exame, que é preciso fazer uma justificativa muito forte para que se justifique esse aumento - disse o ministro da Justiça.

Bastos também não vê com bons olhos a proposta de aumento do salário dos parlamentares, que estudam ganhar o mesmo que os ministros do STF. Para o ministro, os aumentos nas cúpulas do Executivo e do Judiciário geralmente têm reflexo na base dos dois poderes.

- Tudo tem que ser visto dentro de um conceito global porque existem no Brasil experiências passadas de efeito cascata muito forte. Então, você dá aumento pra um, depois tem o outro e o outro e o outro - disse o ministro.

Para Bastos, todo aumento salarial é, em tese, justo para quem o reivindica, mas nem sempre é possível atender todas as demandas. Antes de adotar essas medidas, de acordo com ele, é preciso verificar se há disponibilidade de recursos:

- É preciso olhar os números globais e as contas públicas, com as quais não se pode brincar.

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