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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu nesta terça-feira, no Palácio do Planalto, com os ministros para discutir o comportamento do governo nas eleições. Durante a reunião, o ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, orientou os ministros a não fazerem comparações com o governo passado.

A ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, disse que a orientação é que os ministros façam comparações com períodos de 15 a 20 anos, evitando reduzir o universo de comparação a um determinado governo, como o de Fernando Henrique Cardoso. Segundo ela, essas comparações vão mostrar que os números do governo Lula são muito mais positivos do que o dos demais.

- Nas atividades de campanha eleitoral, as comparações são absolutamente permitidas. Nas atividades de governo, nossa orientação é fazer as nossas comparações com períodos históricos longos do passado. Elas vão permitir, inclusive, que se evidenciem que os nossos indicadores são mais robustos. A comparação deve ser feita com 15/20 anos atrás, com períodos históricos, e não com governos - disse.

Segundo o ministro da Fazenda, Guido Mantega, Bastos pediu aos colegas para não fazerem mais comparações diretas com o governo anterior durante o expediente. Segundo Mantega, as comparações serão feitas em termos genéricos com "governos pretéritos". Mantega disse que, independentemente de comparações, o Brasil melhorou nesses três anos e meio de governo. Para ele, isso é que é importante destacar.

Na abertura da reunião ministerial, que durou todo o dia, Lula pediu que todos os ministros continuassem trabalhando com afinco. Ele também falou rapidamente durante as explicações dos ministros.

- Como vocês sabem, o candidato aqui sou eu e o José Alencar. Vocês têm que continuar fazendo a tarefa de vocês cada vez melhor, cada vez com mais eficácia. Daqui para frente, cada um de vocês vai ser analisado pelo que vocês fizerem. Todos sabem que não temos programa novo, todos os programas já estão em execução - disse o presidente, reiterando que o importante é dar continuidade aos programas já em andamento, sem criar novos.

O veto ao reajuste de 16,67% aos aposentados que ganham mais de um salário-mínimo também foi debatido na reunião. A ministra Dilma Rousseff e o ministro Guido Mantega defenderam o veto do presidente e a decisão de evitar qualquer medida que aumente os gastos.

- O ato de governar é inclusive o ato de tomar decisões altamente impopulares à primeira vista, mas a população entenderá - disse a ministra da Casa Civil.

Já o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse que o que está sendo dado aos aposentados neste momento é muito mais do que eles receberam até hoje e que o governo não se constrange em tomar essa decisão política. Ele disse que esse aumento provocaria um rombo de R$ 7 bilhões a R$ 8 bilhões nas contas públicas e que isso colocaria em risco o equilíbrio fiscal.

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