O ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, disse que haverá punições se os policiais cometeram excessos no revide aos suspeitos dos atentados em São Paulo. A garantia foi dada ao ministro pelo próprio governador de São Paulo, Cláudio Lembo, depois de um encontro entre os dois. Thomaz Bastos não quis fazer críticas às autoridades de São Paulo pelo elevado número de mortes de suspeitos, dizendo não ter elementos para saber se houve excesso da polícia ou não. Segundo o Movimento Nacional de Direitos Humanos há entre os suspeitos assassinados pessoas que nada tinham a ver com o crime organizado.

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- Não estou dizendo que houve excessos em São Paulo. Mas se eles aconteceram, haverá punição. Por isso, é necessário ter corregedorias eficientes - disse o ministro.

Bastos voltou a dizer que o governo federal não está fazendo jogo político com os episódios de São Paulo ao comentar declarações do secretário de Segurança Pública de São Paulo, Saulo de Castro Abreu Filho, para quem o governo federal tem sido omisso na guerra contra bandidos em São Paulo.

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- É importante não fazer uma guerra política com este assunto. A questão de segurança é muito séria e não pode ser objeto de disputa eleitoral. É preciso ter objetividade nas discussões. Nossa intenção é trabalhar em parceria com o governo estadual. O Exército está aí para colaborar sempre que for preciso. Já interveio no Espírito Santo e as Forças Armadas estão aí para ajudar. Vou me reunir ainda nesta quarta-feira com o setor de inteligência da Polícia Federal em São Paulo e vamos colaborar com o que for possível com o governo paulista - disse Márcio Thomaz Bastos, que à tarde vai entregar viaturas para a Polícia Rodoviária Federal na cidade de Tatuí, a 170 quilômetros da capital.

Márcio Thomaz Bastos disse que a Força Nacional de Segurança foi colocada à disposição do estado de São Paulo porque a corporação já participou de situações de emergência no Espírito Santo e em Minas Gerais.

Ele afirmou que o governo também colocou à disposição de todos os estados do país as prisões federais que serão construídas. A primeira será inaugurada em junho. Segundo o ministro, elas serão utilizadas para receber presos perigosos e chefes de facções criminosas que têm importância para o estado. Segundo ele, o governador Cláudio Lembo ficou de analisar a oferta, mas não definiu nomes de presos que poderiam ser transferidos.

Quanto à possibilidade dos ataques da facção criminosa atingirem políticos, como revelaram documentos sobre a organização da facção, o ministro disse que isso 'tem que ser objeto de cautela' e que o assunto será tratado com os setores de inteligência da PF e também com as autoridades da segurança de São Paulo.

Thomaz Bastos disse que tem conversado com o governador Lembo sobre o assunto e que, inclusive, passará o final de semana em São Paulo para acompanhar as providências tomadas no setor.

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