Em meio às polêmicas envolvendo o Plano Nacional de Direitos Humanos, o 2º Batalhão de Polícia Militar de Botafogo, na zona sul do Rio de Janeiro, fez uma homenagem na quinta-feira à participação da unidade no golpe de 1964. A homenagem provocou protestos de organizações de direitos humanos.
O resumo histórico do batalhão, publicado no site da instituição e lido durante a troca de comando na quinta-feira, afirma que o 2º BPM "teve participação ativa na Revolução Redentora de 31 de março, em defesa do Palácio Guanabara, sempre ao lado das Forças Armadas Legislativas do Governo".
"É uma vergonha que uma instituição que deveria ser mantenedora da ordem faça apologia da ilegalidade tecendo elogios a sua participação em um golpe militar", disse a presidente do Grupo Tortura Nunca Mais, Cecília Coimbra. "É lamentável este ato de saudosistas do terrorismo de Estado quando toda a sociedade discute a reparação aos familiares dos desaparecidos políticos vítimas da ditadura."
A assessoria de comunicação da PM informou que a major Analiny Caroprese, diretora do Museu da Polícia Militar, responderia pelo texto, mas ela não foi encontrada no local.
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