O deputado federal Fernando Francischini (SD) bateu boca na quarta-feira (17) no Congresso em função de sua atuação na Secretaria da Segurança Pública do Paraná. Mais especificamente, em função da repressão aos professores no Centro Cívico em abril. Francischini afirmou que o PT estava fazendo uma “malvadeza” ao rejeitar emenda que permitia desconto de compra de livros no Imposto de Renda para professores. Paulo Pimenta, deputado do PT, que é presidente da Comissão de Direitos Humanos, criticou o paranaense. “Eu não posso ficar calado ouvindo o deputado Francischini falar que isso é ‘malvadeza contra professores’. Até hoje o Centro de Curitiba está manchado com o sangue de centenas de professores, que foram espancados barbaramente, numa ação violenta jamais vista nesse país, no momento em que ele era secretário de Segurança, e por conta desse episódio foi corrido do governo do estado e mandado de volta para Brasília.”
Contra-ataque
Francischini contra-atacou dizendo que o deputado do PT só ouviu um lado ao vir para o Paraná, e nem procurou o governo para ouvir explicações. “Ele está com amnésia. Está esquecendo que é do PT, o partido da presidente Dilma, que tem as mãos sujas de sangue da Venezuela. (…) É fácil falar de massacre onde não morreu ninguém e não tem ninguém ferido gravemente. Mas queria deixar meu voto de repúdio ao deputado Paulo Pimenta, que como presidente da Comissão de Direitos Humanos foi parcial, desrespeitoso, foi ao Paraná, marcou com o governador, fingiu que ia para fazer figuração na imprensa.”
Pinga-fogo
Além da agressão feita às autoridades hoje, nos revolta lembrar que o Brasil mandou para Venezuela 3,5 bilhões para o metrô de Caracas. Por quê?
Sandro Alex (PPS), deputado federal, pelo Twitter
O sonho não morreu
Voltou a circular forte no Centro Cívico a notícia de uma possível volta de Valdir Rossoni (PSDB, foto acima) ao Paraná. Desde que deixou a presidência da Assembleia Legislativa, Rossoni sonhava em assumir a Casa Civil do governo do estado. Tentou, tentou, mas não conseguiu. Acabou por assumir o mandato de deputado federal em Brasília. O sonho, porém, não terminou. A especulação da vez dá conta de que Rossoni assumiria a Casa Civil e o atual titular, Eduardo Sciarra (PSD), iria para a Copel. Deputados estaduais, antigos companheiros de Rossoni, porém, são o principal foco de resistência – temem perder espaço dentro do governo com a chegada do tucano.
Esperançoso 1
O governador Beto Richa (PSDB) comentou no Facebook as contas do governo do primeiro quadrimestre neste ano. Segundo ele, os números “confirmam o incremento das receitas e a redução das despesas correntes, pré-requisito fundamental para a recomposição das políticas públicas sociais e de infraestrutura do Estado”. “Muito em breve vamos virar esta página e começar a escrever um novo capítulo de nossa gestão”, registrou o governador na rede social.
Esperançoso 2
Os números mostram que o governo fez investimentos de apenas R$ 70,4 milhões ao longo dos quatro primeiros meses de 2015. Mas conseguiu reduzir as despesas com pessoal de dezembro de 2014 para abril deste ano.
Deputado e o “encardido”
O deputado federal Diego Garcia (PHS) apelou para sua religião ao se defender das denúncias feitas pelo Ministério Público sobre a suposta compra de sua Carteira Nacional de Habilitação num esquema criminoso junto à 4ª Circunscrição de Trânsito de Cambará que corre o risco de ser prescrita. Para o parlamentar, a denúncia feita pode ter sido um ataque do “encardido”. “Eu já esperava algum ataque do encardido. Sei que tudo que está acontecendo não seria de graça, mas estou bem tranquilo”, disse.
Colaboraram: Carlos Vicelli, Marco Martins, Rogerio Waldrigues Galindo e Bruna Maestri Walter.
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