O secretário de Segurança Pública do Rio, José Mariano Beltrame, assegurou nesta quarta-feira que as operações policiais em comunidades carentes vão continuar. Na segunda-feira, uma menina de 13 anos ter sido morta durante confronto com bandidos no Morro dos Macacos, em Vila Isabel, em horário de movimento de trabalhadores e estudantes. Na terça, Quatro inocentes foram atingidos por balas perdidas no Complexo do Alemão. Na mesma ação, para apreender armas de um paiol dos traficantes , um policial civil morreu.

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- Permanentemente, cada operação dessa está sendo avaliada. As pessoas ali (os policiais) são treinadas, são de grupo tático. Em contrapartida, temos os marginais, muitas vezes sem habilitação técnica para manusear equipamentos dessa capacidade, pessoas que não têm responsabilidade no uso dessas armas e muitas vezes utilizam drogas ou álcool para fazer frente a essa situação - disse o secretário.

Beltrame foi ao enterro do policial José Carlos Pereira Mondaine nesta quarta. Ele lamentou a morte do agente, mas afirmou que a polícia não pode deixar de agir quando tem informações da localização de arsenais nas mãos de bandidos. Além do policial, um traficante foi morto. Outros três policiais foram baleados.

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O chefe de Polícia Civil, Gilberto Ribeiro, também esteve presente ao sepultamento, no Cemitério do Caju, que contou com a presença de cerca de cem pessoas. O policial tinha 52 anos e deixou quatro filhos. Um helicóptero da Polícia Civil jogou pétalas sobre o túmulo do policial.

Arsenal pesado

Beltrame comentou queos bandidos do Alemão tinham uma quantidade de munição maior do que de muitos batalhões da Polícia Militar. No superpaiol, foram apreendidos cerca de 15 mil balas, a maioria contrabandeada da Argentina, quatro fuzis, duas metralhadores antiaéreas, duas pistolas, duas granadas, oito bombas de fabricação artesanal, 25 quilos de crack, 60 de maconha e 240 papelotes de cocaína. A megaoperação no Alemão contou com cerca de 460 policiais civis e militares.

O diretor do Departamento de Polícia Especializada, delegado Alan Turnowski, disse que agora os policiais estão avaliando os resultados da operação. Além de armas e munições com origem nas Forças Armadas da Argentina, foram recolhidos materiais de contabilidade do tráfico e correspondências que podem servir como prova contra traficantes.

Os policiais também procuram por bandidos que teriam sido feridos durante a incursão. A informação que a polícia tinha era de que oito criminosos foram baleados, inclusive um dos chefes do tráfico na comunidade, conhecido como Choque.

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Nesta quarta-feira, a professora Matilde Ferreira, de 40 anos, uma das atingidas por bala perdia, teve alta do Hospital Getúlio Vargas.

- Só Deus mesmo, porque a gente está abandonado - disse a professora, sobre ter sobrevivido.

Também nesta quarta a polícia apresentou centenas de armas apreendidas em diversas operações contra o tráfico e que serão destruídas pelo Exército.