O ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, admitiu que o governo poderá adiar o escalonamento dos salários dos servidores públicos por conta da crise financeira, informou a "Agência Brasil", que divulga notícias do governo federal. Bernardo deu as declarações a um programa da rede estatal TV Brasil.
O ministro disse que não existe nada definido, mas que esta poderá ser uma decisão tomada para cortar gastos do governo com o custeio da máquina diante da situação de crise financeira. O cancelamento de concursos públicos que já estavam previstos também é outra forma apontada pelo ministro para diminuir os gastos com custeio.
O ministro disse que não tem como prever se o governo precisará enviar ao Congresso Nacional novos parâmetros para basear o Orçamento Geral da União para 2009. "Temos um cenário ainda muito indefinido. Não dá ainda para saber se teremos uma redução de receita, o preço do dólar, do barril de petróleo, fatores que influenciam na definição dos parâmetros", disse o ministro.
PAC
Bernardo disse ainda que, se for preciso, o governo poderá fazer cortes no Orçamento. O ministro descartou a possibilidade de mexer nas obras sociais do governo e do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC).
"Tirando o PAC e os programas sociais podemos cortar em qualquer lugar. Um corte de R$ 1 bilhão no Orçamento da União pode parecer muito, mas não é. Pode-se cortar R$ 1 bilhão de forma linear e se percebermos que uma despesa ficou muito prejudicada podemos fazer um recomposição", explicou o ministro.
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