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O advogado Roberto Bertholdo desmentiu nesta terça-feira a denúncia de que teria participado da distribuição de dinheiro a deputados, no famoso esquema do "mensalão".

O ParanáTV teve acesso ao depoimento que o advogado prestou na sede da Polícia Federal em Curitiba. Durante três horas e meia de interrogatório na sede do Centro de Operações Especiais da Polícia Civil, Bertholdo confirmou que foi advogado do ex-lider do PMDB José Borba, de quem é amigo, mas disse no depoimento que não conhece o publicitário Marcos Valério, que nunca pagou propina a deputados do PMDB e que José Borba também não comprou votos dos deputados peemedebistas.

Sobre o trecho do diálogo em que ele teria acusado o diretor geral de Itaipu, Jorge Samek, de ter recebido propina da Siemens, uma das fornecedoras da usina, Bertholdo disse que houve montagem da gravação, divulgada pela revista Veja.

Bertholdo negou também a sua participação em um suposto acordo com o apresentador Carlos Massa, o Ratinho, para que ele falasse bem do Partido dos Trabalhadores em seu programa, ou que tenha lavado R$ 200 mil para ele.

Sobre a origem desse dinheiro, parte dele seria do caixa 2 da campanha do ex-deputado Tony Garcia, em 2002. O caixa 2 teria rendido mais de R$ 1 milhão, mas apenas R$ 33 mil teriam sido declarados à Justiça Eleitoral. Garcia nega as acusações, colocando toda a responsabilidade das finanças de sua campanha sobre Bertholdo.

Ratinho negou qualquer participação no suposto esquema. Já Bertholdo rebateu as acusação do ex-deputado Tony Garcia, afirmando que a responsabilidade na prestação de contas era do próprio deputado, e que todo o dinheiro do caixa 2 teria vindo do Consórcio Garibaldi e de uma fazenda de camarão, ambos de propriedade de Garcia.

Bertholdo segue preso desde o fim do ano passado. Saiba o porque na reportagem em vídeo

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