O presidente do PT, deputado Ricardo Berzoini, rebateu neste sábado as críticas feitas pelo Movimento PT - tendência moderada do partido - de que o nome de Marta Suplicy para o ministério do presidente Lula não é consenso, mas uma imposição do Campo Majoritário de São Paulo. Ele afirmou que respeita as posições de todas as correntes do partido:

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- Nesse assunto do ministério, eu não ajo como representante de nenhuma corrente, mas como presidente do PT. Não é correto fatiar essa discussão em interesses de correntes.

Berzoini ponderou, quando especificamente sobre a possível indicação de Marta Suplicy para o Ministério do Turismo, que os petistas não devem expor eventuais divergências em torno do assunto:

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- O melhor para o partido e para as pessoas envolvidas é tratar do assunto reservadamente até o anúncio (do novo ministério).

Ao ser perguntado se não estaria contente com a pasta do Turismo, ele brincou:

- Eu adoro turismo.

O presidente do PT fez questão de afirmar que o partido está unido e coeso. Ele destacou ainda que as críticas do Movimento PT não criam um atrito entre as diferentes correntes.

- Criaria (atrito) se eu desrespeitasse as manifestações das diversas correntes. Como eu respeito muito, mesmo não concordando eventualmente com as manifestações, eu tenho que, como presidente do partido, fortalecer esse ambiente de discussão fraterna e tranqüila. São opiniões e não ataques políticos - disse ele.

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Berzoini também desconversou sobre o espaço que o PMDB vai ocupar no segundo mandato. Ele reconheceu a importância do partido, mas disse que a decisão sobre o número de ministérios para o PMDB é do presidente Lula.

- A relação do PT com o PMDB é muito boa. O PMDB é um partido muito importante. Tem a maior bancada da Câmara e a maior bancada do Senado, portanto, é um partido que tem capilaridade e representatividade. Mas o número exato de ministérios, cabe ao presidente Lula avaliar.