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São Paulo - Em meio às críticas de que o PT teria sacrificado seus princípios em nome da aliança com o PMDB, o presidente nacional do partido, deputado Ricardo Berzoini (SP), não se constrange em dizer que a sigla optou por recomendar o arquivamento das representações contra o presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), para assegurar a governabilidade e fortalecer a chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff, que deve disputar a Presidência no ano que vem.

Apesar disso, Berzoini nega que o PT esteja vivendo uma crise de identidade ou sacrificando a bandeira da ética por 2010. "Em momento algum eu penso que o PT tem de sacrificar bandeiras. Ele não deve, simplesmente, cair em ciladas", diz, sob o argumento de que a oposição lidera uma operação para desestabilizar o governo. "O que está em jogo é a luta política, não é uma discussão de Conselho de Ética, da avaliação de qual é a mudança de que o Senado precisa. O que está em jogo no Conselho de Ética é a luta política de 2010."

Confrontado com a avaliação de que o PT firmou como prioridade manter a governabilidade e fortalecer Dilma, custe o que custar, ele disse: "Que a prioridade é esta não resta dúvida. Mas não é custe o que custar."

Se houvesse uma crise no PT, diz ele, as instâncias partidárias já teriam iniciado um movimento para questionar a direção. Ele destacou que, antes de recomendar o arquivamento, consultou a Executiva petista e dirigentes regionais. E obteve respaldo de todos. "Todos me disseram: ‘você tem todo o meu respaldo para tomar essa atitude. Até porque é uma grande responsabilidade’. Fiz isso assinando como presidente nacional do PT."

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