O prefeito de Curitiba, Beto Richa, e o ministro do Planejamento Orçamento e Gestão, Paulo Bernardo, se reuniram nesta quarta-feira (4), em Brasília, para discutir financiamentos para obras em Curitiba, em especial a construção do metrô e a segunda etapa da Linha Verde. O prefeito classificou o encontro como positivo.
O ministro designou o secretário de Planejamento e Investimentos Estratégicos do Ministério, Afonso Oliveira de Almeida, como interlocutor nas questões relacionadas ao metrô. "Nesta quinta-feira, já teremos o resultado da concorrência para o projeto básico, cujos trabalhos poderão ter início em março. Então é importante termos este acesso direto ao Ministério, pois o metrô curitibano dependerá de verbas do governo federal", disse Richa.
De acordo com a prefeitura, o ministro informou a Richa que a eventual confirmação de Curitiba como uma das subsedes da Copa 2014 pode acelerar a liberação de recursos, pois o governo federal terá um programa especial para investimentos nas cidades que receberem a competição mundial. O anúncio das subsedes será feito pela Fifa no dia 20 de março.
No encontro também foi discutido o Contorno Ferroviário de Curitiba. Richa apresentou algumas alternativas para o ramal ferroviário, estudadas pelos técnicos do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano de Curitiba (Ippuc). A ideia é que, em conjunto com o governo federal, a prefeitura encontre soluções que possam melhorar a segurança nas regiões junto ao ramal.
Os financiamentos internacionais que foram discutidos na reunião são do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) e da Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD). Com o BID, a prefeitura negocia a etapa 3 do Programa de Transporte Urbano, de 137,6 milhões de dólares, que inclui a parte norte da Linha Verde; e o Programa Integrado de Desenvolvimento Urbano e Social de Curitiba, conhecido por BID 3, de 100 milhões de dólares, para urbanização de favelas e pavimentação de ruas. A Agência Francesa financiará metade de um programa de 72,3 milhões de euros, para obras como reforma de terminais de ônibus e regularização fundiária.
O ministro assinalou a possibilidade de Curitiba receber mais recursos da União para projetos habitacionais. "O Município se compromete a fazer as contrapartidas necessárias para receber estes novos recursos, pois habitação é uma prioridade na administração", disse Richa. Houve o entendimento de que a cidade pode receber recursos para construção de mais 4 mil unidades habitacionais.
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