Após reunião com lideranças da oposição na tarde desta terça-feira, 13, em seu apartamento, o líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), anunciou que os juristas Hélio Bicudo, Miguel Reale Júnior e Janaina Pascoal deverão apresentar na próxima sexta-feira, 16, novo pedido de impeachment da presidente Dilma Rousseff.
Segundo ele, a decisão foi tomada em razão das liminares concedidas nesta terça, 13, por ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), suspendendo o rito de análise dos antigos processos de afastamento de Dilma informados pelo presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), em questão de ordem feita pela oposição.
“Na questão de ordem que fizemos, o presidente da Câmara disse que era possível aditamento, por isso aditamos. Com a decisão do STF suspendendo essa questão de ordem, vamos juntar os três aditamentos que tínhamos feitos e apresentar um novo pedido”, explicou Carlos Sampaio (PSDB-PB).
De acordo com ele, o novo pedido vai incluir como justificativa tanto as “pedaladas fiscais” praticadas pelo governo federal em 2014 - e já julgadas pelo Tribunal de Contas da União (TCU) na semana passada - quanto a de 2015, apontada em relatório do Ministério Público de Contas.
O líder do PSDB afirmou que Cunha prometeu, durante reunião com líderes da oposição na manhã desta terça-feira, deliberar sobre o novo pedido de impeachment já na próxima semana. O tucano disse também que o peemedebista deverá apresentar um agravo regimental ao STF, para que a Corte revogue suas decisões liminares e mantenha a questão de ordem. De acordo com o tucano, as lideranças da oposição deverão assinar o pedido como “amicus curiae” (amigos da causa).
Participaram da reunião os líderes do PPS na Câmara, Rubens Bueno (PR); do SD, Arthur Maia (BA); da Minoria, Bruno Araújo (PSDB-PE); do DEM, Mendonça Filho (PE), e os deputados Rodrigo Maia (DEM-RJ) e Paulo Pereira da Silva (SD-SP), o Paulinho da Força, presidente nacional do SD.