Presidente afirma que Constituição não prevê ‘invenção de motivos’ para impeachment.| Foto: Lula Marques /Lula Marques/Agência PT

A presidente Dilma Rousseff afirmou que a tentativa de interromper o seu mandato deve ser entendida como um golpe porque a Constituição não prevê “invenção de motivos” para o impeachment. Ela discursou durante a abertura da 3.ª Conferência Nacional da Juventude.

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“A Constituição prevê sim esse processo de impeachment, o que ela não prevê é a invenção de motivos. Isso não está previsto em nenhuma Constituição. Por isso, aqueles que tentam chegar ao poder de forma a saltar a eleição direta, eles oscilam entre invenções e falácias porque não há como justificar o atentado que querem cometer contra a democracia. É isso que nós chamamos de golpe”, afirmou Dilma.

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Ela atacou ainda adversários atacando a biografia dos que desejam tirá-la do cargo. “O mais irônico é que muitos dos que querem interromper meu mandato tem biografias que não resistem a uma rápida pesquisa no Google”, disse a presidente.

Dilma voltou a defender a legalidade dos atos orçamentários de seu governo, argumento usado pelos defensores do impeachment. Ela afirma que tudo foi feito dentro da legalidade. Disse ainda que o Brasil não tem um sistema parlamentarista para trocar o chefe de governo com base em uma crise política ou econômica.

Com plateia a favor, a presidente fez ainda ataques indiretos ao governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), ao citar a polêmica do fechamento de escolas. “Não mudaremos o Brasil fechando escolas, isso é certo. Nós também não vamos mudar o Brasil reprimindo movimentos pacíficos com forças policiais. Nós sabemos que fechar escolas é extinguir sonhos, romper relações estabelecidas, é fragilizar o futuro”, afirmou.