O bloqueio dos telefones celulares nas imediações da Penitenciária de Araraquara, no interior paulista, não é totalmente eficaz. Assinantes de uma das operadoras conseguem fazer e receber ligações normalmente. Já o sinal das outras duas empresas não é captado numa área que se estende muito além dos arredores do presídio, o que já motivou pelo menos 50 reclamações ao órgão de defesa do consumidor.
O técnico em refrigeração Durval Scutari conseguiu falar normalmente ao celular nesta terça-feira, a poucos metros da entrada da penitenciária. A equipe da EPTV também fez o teste no local. Conseguiu fazer e receber ligação normalmente pela operadora. Em nota, a operadora se limitou a informar que as antenas foram bloqueadas para receber ou fazer chamadas.
Por outro lado, o bloqueio das outras duas operadoras já levou muita gente à Coordenadoria de Defesa do Consumidor (Codecon) de Araraquara. A estimativa é de que 35 mil pessoas que moram próximo ao presídio foram prejudicadas com a medida. O comprador Edenilton Passos, mesmo morando na cidade vizinha de Américo Brasiliense, ficou com o celular mudo e recorreu ao órgão para tentar ao menos uma redução no valor da conta.
O coordenador do Codecon de Araraquara, Washington Coutinho Pereira, disse que deve encaminhar as reclamações para a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel). Segundo ele, não é possível impetrar reclamação contra as operadoras, já que o desligamento das torres e o bloqueio do sinal do celular é uma determinação da Justiça, para tentar impedir a comunicação entre os detentos.
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