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O dado contraria uma das hipóteses levantadas pela força-tarefa da Lava Jato: a de que o dinheiro dos empréstimos do BNDES possam ter sido direcionados para o pagamento de dívidas das campanhas presidenciais. | Daniel Castellano/Gazeta do Povo
O dado contraria uma das hipóteses levantadas pela força-tarefa da Lava Jato: a de que o dinheiro dos empréstimos do BNDES possam ter sido direcionados para o pagamento de dívidas das campanhas presidenciais.| Foto: Daniel Castellano/Gazeta do Povo

O BNDES informou, por meio de nota, que jamais concedeu em 2005 empréstimo no valor de R$ 64,6 milhões a empresa de José Carlos Bumlai que estava inativa, como consta do despacho do juiz Sergio Moro que determinou a busca e apreensão de documentos na sede do banco nesta terça (24).

Segundo o banco, o empréstimo ocorreu em 2009 para a São Fernando Açúcar e Álcool, época em que a firma estava ativa, e tinha como objetivo implementar o primeiro sistema de cogeração de energia por meio do bagaço de cana-de-açúcar.

O BNDES afirma que também é regular o empréstimo de R$ 101,5 milhões que concedeu a outra empresa de Bumlai em 2012, a São Fernando Energia I. Na época a companhia tinha menos de uma dezena de funcionários porque o negócio, de geração de energia a partir de bagaço de cana, era um dos pioneiros do país e estava começando, segundo a nota. “A concessão dos créditos à São Fernando seguiu todos os procedimentos do BNDES, com total lisura e sem qualquer irregularidade”, diz o comunicado do banco.

O dado contraria uma das hipóteses levantadas pela força-tarefa da Lava Jato: a de que o dinheiro dos empréstimos do BNDES possam ter sido direcionados para o pagamento de dívidas das campanhas presidenciais de 2002 e 2006 do PT, quando Lula foi eleito. A acusação foi feita por alguns delatores na operação, mas ainda está sob investigação.

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