Bombeiros procuram van na cratera

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Atualizado em 13/01/2007, às 14h42

As buscas por possíveis vítimas do desabamento das obras da Estação Pinheiros do metrô, que ocorreu às 15h desta sexta-feira, continuam neste sábado. Os bombeiros e operários da construtora fazem obras de contenção da terra e reomção da grua de 50 toneladas para continuar as buscas por uma van que estaria soterrada. Ainda não há notícias sobre o motorista e o cobrador do veículo e as famílias deles aguardam no local. As informações sobre o número de vítimas são contraditórias. O Corpo de Bombeiros trabalha com a possibilidade de haver entre três e seis soterrados e, no final da manhã, confirmou que a van estaria soterrada .

A van pertence à cooperativa Transcooper. Na tarde de sábado, os bombeiros chegaram a afirmar que a lotação havia sido encontrada, depois voltaram atrás porque o GPS do veículo indicava o soterramento. O resgate ainda estuda como chegar ao veículo, que pode estar a mais de 20 metros de profundidade.

- O próprio sistema de rastreamento via satélite dá o microônibus no local a uma profundidade de 28 a 30 metros - afirmou o diretor da cooperativa, Paulo Roberto dos Santos.

Oficialmente, estão desaparecidos o motorista Reinaldo Aparecido Leite, de 44 anos, e o cobrador Wesley Adriano da Silva, de 22. Francisco Sabino Torres, de 47 anos, motorista de um dos caminhões que trabalhavam no local, também não foi encontrado.

Nesta manhã, o Corpo de Bombeiros encontrou dois carros - um Palio e um Corsa - soterrados. Os veículos estavam na rua do lado de fora da obra e teriam sido engolidos pela enorme cratera, juntamente com a van desaparecida. O trabalho no local é difícil, está sendo feito a 35 metros de profundidade, e tende a ser demorado porque há muita lama. Os bombeiros usam máscaras de oxigênio, pois é forte o cheiro de combustível que vazaram de carros soterrados no local.

Pelo menos quatro pessoas que trabalhavam no local ficaram feridas com o desabamento do canteiro de obras.

O desabamento ocorreu na Avenida Nações Unidas, altura do número 7.000, em Pinheiros, na zona oeste da cidade. Ali fica a estação Pinheiros da linha 4, que está em construção. A parte da Rua Capri desabou e 80 famílias tiveram de deixar suas casas . De acordo com o prefeito Gilberto Kassab, alguns podem retornar para suas residências ainda neste sábado .

Além disso, as duas pistas da Marginal Pinheiros, sentido Castello Branco, tiveram de ser interditadas e o rodízio pode voltar na segunda-feira para evitar congestionamentos na região.

Um guindaste ajuda a retirar cerca de 10 veículos que estão dentro da cratera, entre caminhões e pick-ups. O outro guindaste que ameaçava desmoronar foi estabilizado com contrapesos e deve ser desmontado ainda neste sábado.

As causas do acidente ainda não foram esclarecidas. A Prefeitura e o Metrô dizem que só vão se pronunciar após os laudos periciais. Testemunhas, por outro lado, afirmam que um bloco de concreto pode ter caído de um guindaste. Segundo especialistas, no entanto, o tipo de solo favorece acidentes . Apesar disso, autoridades do governo estadual garantiram que o túnel que já passa sob o Rio Pinheiros não está comprometido.