O ex-líder do PMDB José Borba definirá sua renúncia ao mandato no domingo à noite, quando se reunirá com seu advogado Roberto Bertoldo. Antes de formalizar a denúncia, no entanto, Borba poderá entrar com um mandado de segurança no Supremo Tribunal Federal (STF) alegando que a Corregedoria da Câmara cerceou seu direito de defesa, se houver uma decisão favorável do Supremo em relação a pedido semelhante feito pelos petistas.

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Outros deputados da lista de 13 cassáveis também vão esperar por uma eventual liminar do Supremo até poucas horas antes do prazo final para a renúncia com o objetivo de preservar os direitos políticos. Entre eles, José Janene (PP-PR) e Vadão Gomes (PP-SP).

Borba disse nesta sexta-feira a aliados que pode ser vítima de uma injustiça e, por isso, não está disposto a correr o risco de se tornar inelegível com a perda dos direitos políticos. Ao anunciar sua decisão, ele não pretende fazer um discurso em plenário, como fez o presidente do PL, deputado Valdemar Costa Neto (SP), mas mandar uma carta à Mesa da Câmara, a exemplo do ex-deputado Carlos Rodrigues (PL-RJ).

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- Se depender de minha opinião profissional, o deputado Borba entregará sua renuncia ao mandato na segunda-feira - disse Bertoldo.

O advogado disse ainda que não há provas concretas contra Borba e que ele já teria demonstrado que, nas datas em que teria recebido os recursos das contas de Marcos Valério, ele não esteve nem na agência do Banco Rural e nem com Simone Vasconcelos, da agência SMP&B.

- Estamos com um mandado de segurança pronto, alegando que não houve direito à plena defesa nem foi respeitado o devido processo legal. Vamos entrar no Supremo caso o tribunal se manifeste favoravelmente aos mandatos impetrados pelos deputados petistas - afirmou Roberto Bertoldo.

O advogado afirmou que é inverossímel o relato de que Borba teria recebido R$ 1 milhão em espécie. Ele argumentou que esse volume não caberia dentro de um carrinho de supermercado ou de uma mala. E criticou a CPI por ter enviado o caso de Borba à Corregedoria da Câmara sem apresentar provas que fundamentassem o testemunho de Marcos Valério.

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