O presidente do PFL, senador Jorge Bornhausen (SC), reagiu nesta sexta-feira à tentativa do PT de cassar o direito do partido de veicular programa partidária no rádio e na TV. Bornhausen rejeitou a acusação de que o PFL descumpriu a legislação eleitoral nas inserções que fez em agosto e outubro. Para o senador, o PT está apenas querendo ganhar o tempo do PFL. Ele disse que a decisão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), que na quinta-feira multou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva por fazer propaganda antes da hora, mostrou quem cometeu irregularidade eleitoral. O pefelista disse ainda que é um direito dos partidos criticar quem não cumpre promessas de campanha.

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- O direito de crítica, baseado em documentos como jornais e revistas, sempre foi aceito pelo TSE e foi nisso que baseou o nosso programa. É apenas uma tentativa do PT de ganhar o tempo do PFL, mas em vão. Não me surpreende, não é a primeira vez que isso acontece na Justiça eleitoral. O julgamento do TSE mostrou quem é que antecipou a eleição. O próprio tribunal multou o presidente Lula. Criticar quem se elegeu com um discurso e não cumpriu as promessas é direito dos partidos. É mostrar que o povo está sendo embromado - afirmou.

O advogado do PFL, Admar Gonzaga, disse nesta sexta-feira que o PT está "forçando a barra". O advogado aposta que a ação será rejeitada pela Justiça Eleitoral.

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- Acredito que tenha sido ação para cumprir tabela, não vejo a menor possibilidade de ela prosperar. Eles forçaram a barra (...) O que o percebi é que o PT está entrando com uma medida, mas buscando discutir filigrana - afirmou.

O advogado disse que o PFL apenas mostrou os "disparates" entre as promessas e as ações do governo Lula. Segundo ele, as críticas, ainda que contundentes, são válidas e fazem parte do jogo político.