O presidente Luiz Inácio Lula da Silva voltou a afirmar nesta segunda-feira (29) que, mesmo diante da forte crise econômica mundial, o Brasil nunca teve uma situação tão sólida como agora. Ao comentar os índices de emprego e desemprego apresentados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) na semana passada, ele disse que o atual cenário financeiro norte-americano não refletiu problemas na economia brasileira.
"Porque nós estamos exportando mais e porque a economia está crescendo. Estamos preparados para crescer mesmo com a crise americana. Agora, é importante que o povo brasileiro saiba que uma crise de recessão em um país importante como os Estados Unidos pode trazer problemas a todos os países do mundo, porque eles representam a maior economia do mundo."
Em seu programa semanal Café com o presidente, Lula afirmou estar convencido de que, caso o Brasil tenha que passar por algum aperto, será muito pequeno. O presidente destacou pontos como a diversificação da balança comercial e o mercado interno, que para ele será capaz de sustentar grande parte da economia brasileira.
"Eu fiz questão de começar o meu pronunciamento na ONU [Organização das Nações Unidas] denunciando a crise americana e chamando a atenção para o papel do funcionamento do sistema financeiro no mundo. O sistema financeiro também precisa ter muita ética e a minha idéia é que, daqui para frente, os Bancos Centrais possam se reunir em Basiléia [cidade onde funciona asede do banco de Compensações Internacionais, na Suíça] e tomar medidas duras para investigar e controlar o sistema financeiro no mundo."
De acordo com o presidente, não se pode mais permitir que bancos sejam transformados em verdadeiros cassinos, onde o que vale é a aposta sem se medir as conseqüências. Lula reforçou que o sistema financeiro brasileiro não está envolvido na crise mundial, "que pertence" aos banqueiros americanos e europeus. "É preciso que eles assumam responsabilidades."
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