O coordenador do Movimento de Libertação dos Sem Terra (MLST), Bruno Maranhão, foi suspenso da Executiva Nacional do PT nesta quarta-feira. Maranhão, um dos líderes do movimento que provocou um quebra-quebra na Câmara, ainda será ouvido pela Comissão de Ética do PT e, segundo o presidente nacional do PT, Ricardo Berzoini, o assunto será levado ao Diretório Nacional para que o partido decida se ele deve ser expulso.
Antes do anúncio da decisão do PT, Maranhão dissera que pretendia se explicar ao partido e que não pretendia deixar o PT. Disse ainda que estava arrependido, embora negue que tenha participado do quebra-quebra.
- A palavra arrependimento é possível de ser admitida no limite porque, quando se planeja uma manifestação e termina em quebra-quebra, só se pode lamentar. O planejamento foi para uma ação pacífica - disse Maranhão. - Vou me entender com meu partido, é um momento muito difícil. Eu evitei o confronto da polícia com os manifestantes. Eu não participei de nenhum ato, não tem provas, não tem fato de violência minha - disse.
Maranhão rusou as expressões "boiada louca" e "holligans" para explicar o quebra-quebra promovido pelos sem-terra nesta terça-feira na Câmara. Afirmou ainda que, diante do que ocorreu, entende a condenação quase unânime da sociedade, mas pediu que não haja condenação prévia. Afirmou que estava no gabinete do deputado Nelson Pelegrino (PT-BA) quando ficou sabendo do tumulto no Salão Verde e que, assim que tomou conhecimento da confusão, correu imediatamente para o local para tentar pacificar os ânimos.
Segundo o líder dos sem-terra, as imagens em que aparece falando aos manifestantes tratam do momento em que ele se esforçava para tirar os manifestantes de dentro do Congresso, e não para instigar os companheiros.
- O meu discurso não era de agitação, mas de mobilização para saída - disse o líder dos sem-terra.
Ele disse ainda que o motivo de fazer a manifestação no Congresso é que o MLST entende que a reforma agrária não pode ser discutida só no Executivo, mas também no Legislativo e no Judiciário.
- O fato, noticiado como está, tem que ter unanimidade na reprovação. O que quero é que não haja julgamento prévio - pediu.
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