O contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, foi transferido no final da noite de terça-feira da Penitenciária Federal de Mossoró para Brasília. O comboio formado por três viaturas saiu por volta das 23h20 com destino a Fortaleza, no Ceará, a 260 km de distância, onde ia pegar um voo comercial. A expectativa é que o avião pouse por volta das 9h40min no aeroporto da capital, de onde o contraventor seguirá para a penitenciária da Papuda.
Carlinhos Cachoeira está preso desde o dia 28 de fevereiro após ser detido em Goiânia, na Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, acusado de explorar jogos ilegais de azar e comandar um grande esquema de corrupção.
A liminar que autorizou a transferência do bicheiro Carlos Augusto Ramos para a Penitenciária da Papuda, em Brasília, foi concedida na noite de segunda-feira pelo desembargador Fernando Tourinho Neto, do Tribunal Regional Federal da 1ª Região.
Cachoeira pensa em comparecer à CPI no Congresso
Ao longo da última semana, pessoas próximas ao bicheiro relataram a indignação de Cachoeira por ser tratado como o líder máximo de uma organização criminosa. Ele rejeitou proposta para ser beneficiado pela delação premiada, mas pensaria em comparecer à CPI mista, que deverá ser instalada no Congresso, para responder às perguntas sobre o seu envolvimento com políticos de diferentes partidos e empresários.
Segundo relato de familiares, por ora, os políticos graúdos, "verdadeiramente amigos da família", não o abandonaram. Apesar do regime rigoroso no presídio de segurança máxima de Mossoró, Cachoeira recebe relatos sobre a evolução do noticiário.
A advogada de Cachoeira, Dora Cavalcanti, diz que a defesa não referenda as "especulações" sobre o estado de ânimo do cliente.
"Ele está abalado fisicamente. Ele esteve doente, mas recebeu apenas soro", afirmou a advogada.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e apoiadores reagem a relatório da PF que indiciou 37. Assista ao Entrelinhas
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
Otan diz que uso de míssil experimental russo não vai dissuadir apoio à Ucrânia