Condenado a 39 anos e 8 meses de prisão por diversos crimes, o empresário Carlos Cachoeira não está proibido de viajar dentro do Brasil, afirmou o seu advogado, Nabor Bulhões. Após se casar oficialmente com Andressa Mendonça no final do ano passado, Cachoeira viajou para a península de Maraú, no sul da Bahia, onde passou a lua de mel.
"Ele está em liberdade e, no território nacional, pode viajar livremente", afirmou o advogado. "Ele só tem que cumprir duas condições. Uma é entregar o passaporte e ele entregou. Não pode viajar para o exterior. Outra condição é comunicar as locomoções no território nacional. Fora isso, não tem restrição", completou.
Segundo Bulhões, a viagem também ocorreu por recomendação dos médicos, por causa dos problemas de saúde decorrentes dos quase nove meses de prisão.
"Ele estava apresentando distúrbios psicológicos, como transtorno bipolar, que significa mudança brusca de humor. Ele estava passando da euforia para depressão muito rapidamente. E isso era preocupante. Os médicos, desde aquela época, recomendaram que ele se isolasse um pouco", disse o advogado.
Bulhões disse que a viagem foi previamente comunicada para a Justiça. De acordo com o advogado, essa comunicação não precisa nem de seu auxílio. "Tudo está absolutamente regular. Ele comparece ao cartório da vara federal em Goiânia e comunica que está viajando", disse o advogado, que não soube informar se a temporada de Cachoeira na Bahia já terminou.
O empresário e a mulher ficaram hospedados em um resort que oferece uma estrutura especial para uma lua de mel, com bangalôs à beira-mar, isolados entre coqueirais. Com diárias que chegam a R$ 3.000, o resort tem uma pista de pouso particular, uma piscina de 800 m2 e dispõe de lanchas para passeios para ilhas da região, além de barcos para pesca esportiva.
No sábado, o casal foi visto enquanto visitava amigos em uma pousada vizinha. À beira da piscina, Andressa, que vestia um biquíni preto, se bronzeou e posou para fotos.
Cachoeira comeu, bebeu cerveja e parece já ter recuperado parte dos 18 quilos que diz ter perdido enquanto esteve preso.
Em dezembro, Cachoeira foi condenado pelos crimes de corrupção ativa, formação de quadrilha e peculato, em um processo originado da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal.