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O plenário da Câmara aprovou na noite desta quarta-feira a proposta de emenda constitucional que põe fim à obrigatoriedade da verticalização, regra pela qual as coligações nas eleições estaduais não podem contrariar as alianças feitas na eleição presidencial. A proposta recebeu 343 votos a favor, 143 contra e houve uma abstenção. A matéria precisa ainda ser votada em segundo turno pela Câmara sem alterações no conteúdo, para que possa ser promulgada pelo Congresso.

Mesmo sem a certeza da vitória, os defensores da emenda constitucional decidiram que ela teria de ser votada nesta quarta-feira porque na semana que vem as medidas provisórias voltam a trancar as votações em plenário. Em reunião na casa do presidente da Câmara, Aldo Rebelo, os líderes dos partidos concluíram que a cada dia que passa maiores são as dificuldades para aprovar a emenda. Eles estimavam que teriam pelo menos 318 votos, dez a mais que o mínimo necessário. O placar folgado no final superou as previsões mais otimistas.

Eles já contavam as perdas no PFL provocada pela decisão do senador Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), que tem 18 votos na bancada de 63, de votar pela manutenção da verticalização. Apesar de a bancada do PT ter reafirmado sua posição favorável à verticalização, o vice-líder Luiz Eduardo Greenhalgh (SP) participou da reunião na casa de Aldo Rebelo, em que prometeu trabalhar para obter entre dez e 15 votos entre os 90 deputados petistas.

- Nós temos os votos no papel, mas decidimos marcar a votação para a noite para que esses votos apareçam no painel eletrônico - disse o líder do PCdoB, Renildo Calheiros (PE).

Antes da votação do texto principal, os deputados rejeitaram todas as emendas apresentadas na comissão especial que analisou a proposta. Elas mantinham o objetivo principal da PEC, de acabar com a verticalização. Porém, alterariam o conteúdo da matéria, obrigando o retorno do texto ao Senado.

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