Nem de esquerda, nem de direita. Apenas uma forma tranquila de mudar de legenda, sem perder o mandato. Com esse apelo, o Partido Republicano da Ordem Social (PROS), que pretende ser a 31ª sigla brasileira, tentava fisgar prefeitos recém-eleitos no encontro promovido na segunda-feira (28) pelo governo federal. "Insatisfeito com seu partido? Quer sair dele sem perder o mandato? O PROS é a mais nova opção", dizia panfleto distribuído no local do evento, em Brasília.
O PROS se intitula como uma agremiação de centro. "Eu sou PROS, não posso ser do contra", diz o hino da sigla. Para se filiar, não é necessário ser ficha limpa.
Primeiro tesoureiro do Diretório Nacional, sediado numa sala da capital federal, Niomar Calazans explicava ontem aos interessados, por telefone, não ser necessário apresentar certidão criminal ou um histórico da vida política: "É só assinar a ficha".
De acordo com a propaganda distribuída na segunda-feira (28), os organizadores do PROS já coletaram 400 mil assinaturas, faltando pouco menos de 100 mil para atingir o necessário para a criação de uma nova legenda. A intenção dos dirigentes é encaminhar a documentação necessária ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) até março, para que os integrantes disputem as eleições de 2014.
Segundo Niomar, a equipe do partido obtém 10 mil assinaturas por dia. Cada colaborador recebe R$ 0,25 por eleitor cooptado. "Fazemos, sim. É R$ 0,25 por assinatura válida, se nós localizarmos o título de eleitor (da pessoa)", explicou Calazans ao conversar com o repórter do Estado, que se apresentou como interessado em aderir ao partido.
O partido tem à frente o ex-vereador de Planaltina Eurípedes Júnior, ex-filiado ao PSL e ao PRP, que ocupa o cargo de presidente nacional. Ele não foi localizado ontem pelo Estado para falar sobre o PROS. Em 2010, Eurípedes disputou uma vaga na Assembleia Legislativa de Goiás, mas não se elegeu. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.
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