O deputado estadual Reinhold Stephanes Júnior está totalmente disposto a ir para o confronto interno no partido para ser o candidato do PMDB à prefeitura de Curitiba mesmo tendo contra si o próprio pai, o ministro da Agricultura Reinhold Stephanes, que não o aconselha a disputar a vaga.
E as resistências internas no partido ao nome de Stephanes Júnior não se limitam ao ministro. O secretário estadual de Educação e irmão do governador, Maurício Requião, também é contra. Neste ano, os dois trocaram declarações não muito amistosas abertamente na imprensa. Tudo por que Stephanes votou, na Assembléia Legislativa, pela criação da Comissão Especial de Investigação (CEI) dos gastos do governo do estado com publicidade. "Sei que terei mais complicação interna no partido. Mas vou trabalhar para ser candidato."
Sobre o pai ser contrário, Stephanes Júnior lembra que essa é uma atitude normal. "Ele sempre agiu assim. Quando o Jaime Lerner me convidou para ser secretário estadual de Administração, meu pai foi contra. Em 2000, quando avisei que seria candidato a vereador, ele disse que não me apoiaria. E, no ano passado, quando fui candidato a deputado, ele afirmou que iria atrapalhar as dobradas eleitorais dele", conta Stephanes Júnior.
Como principal projeto para Curitiba, ele cita o setor habitacional. "As regularizações fundiárias na cidade estão muito atrasadas. E não há recurso próprio do orçamento do município para essa área. Há apenas financiamentos." De acordo com o deputado, a cidade está carente na segurança e no transporte coletivo. "Puseram alguns radares e criaram binários paleativos. Mas nada relevante. Até na questão da Pracinha do Batel poderiam ter pensado melhor e aberto a Bruno Filgueira, no lugar da Carneiro Lobo", disse Stephanes Júnior, que elogiou, porém, o projeto da Linha Verde.
Stephanes Júnior afirma ainda que, em seu plano de governo, está a implantação de redes subterrâneas para a fiação elétrica e telefônica no Centro e nas áreas turísticas, além da criação do Instituto Metropolitana de Planejamento. "Temos de pensar Curitiba integrada com a região metropolitana." E como primeira ação, caso eleito, ele diz que vai "diminuir o número de cargos de confiança, pois a maioria é para acomodar aliados políticos".
(CCL)
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