Irritado com o "fogo amigo" dentro do PSB, o candidato do partido à presidência da Câmara, Júlio Delgado (MG), cobrou nesta quinta-feira (29) uma reação dos partidos aliados que dão sustentação à sua candidatura.
Júlio telefonou para líderes do PSDB, PPS e PV pedindo um gesto público reafirmando o apoio a seu nome. A medida foi provocada, especialmente, pela postura do vice-governador de São Paulo, Márcio França (PSB), que estaria se colocando contra a manutenção da campanha do correligionário.
Considerado o azarão da disputa, Júlio tenta dar sobrevida à sua candidatura até domingo. Apontado como favorito, o líder do PMDB, Eduardo Cunha (RJ), trabalha para esvaziar a campanha do colega. O objetivo é atrair o PSDB, com 54 deputados, o que pode abrir caminho para a vitória já no primeiro turno.
Em outra frente, a campanha do petista Arlindo Chinaglia (PT-SP) trabalha para manter Júlio vivo na disputa. Nas negociações, os petistas teriam se comprometido, inclusive, a entregar uma comissão ao PV para a manutenção do apoio. Com Júlio na corrida, o PT espera provocar o segundo turno da eleição.
A bancada do PSDB deve se reunir nesta sexta. Há a expectativa de que o presidente do partido, senador Aécio Neves (MG), participe do encontro. Aécio tenta frear o movimento, especialmente da bancada paulista, que defende o embarque do partido na campanha de Cunha.
Líder do PSDB, Antonio Imbassahy (BA), afirmou que a retirada de apoio não está em discussão e que a posição permanece sendo de alinhamento com o PSB.
Em outra frente, Júlio passou a distribuir um vídeo para os deputados personalizado com o nome de cada um pedindo votos e defendendo que sua vitória garantirá a retomada do respeito do Parlamento junto à sociedade.
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