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O ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) convocou uma entrevista coletiva na tarde desta terça-feira (9) e disse que não há indícios de que a presidente da Petrobras, Graça Foster, ou os demais diretores da estatal, tenham cometidos atos ilícitos. Por isso, eles não devem ser substituídos. A sugestão para a troca do comando da empresa foi feita nesta manhã pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, que taxou a gestão da Petrobras de desastrosa e, mesmo sem fazer pré-julgamentos ou imputar culpas, pediu a eventual troca. "Não há nenhuma razão objetiva para que atuais diretores sejam afastados", disse.

Cardozo comentou que, depois de ouvir as declarações de Janot nesta manhã, na Conferência Internacional de Combate à Corrupção, chegou a questionar o procurador se havia algum indício contra Foster e seus diretores. Segundo ele, a resposta foi negativa. "Não há indícios contra sua presidente ou atuais diretores", disse. "[Além disso] a diretoria tomou medias importantes para evitar que se repitam situações que no passado possam ter ocorrido", completou.

Entre elas, citou que a Petrobras, desde o ano passado, deu início a um programa de combate a corrupção na empresa e que uma diretoria de compliance foi criada para analisar se os procedimentos da estatal estão em acordo com a lei.

Lembrou que, na próxima sexta-feira (12), um diretor recrutado no mercado assumirá o mandato da nova diretoria. Também destacou que foi criada uma gerência de gestão corporativa de riscos empresariais e determinada a reformulação do comitê de investimentos da estatal.

O ministro ainda falou que a própria Petrobras está promovendo investigações em seu âmbito interno e compartilhando informações com a CGU (Controladoria-Geral da União), TCU (Tribunal de Contas da União) e MPF (Ministério Público Federal).

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