O deputado federal José Eduardo Martins Cardozo (PT-SP), 51 anos, é, desde 2008, secretário-geral do Diretório Nacional do PT. Nas eleições de 2010, foi coordenador da campanha petista e secretário do comitê de finanças. Após a vitória de Dilma Rousseff, ocupou posição estratégica como um dos três integrantes da coordenação política da equipe de transição do governo e foi um dos chamados "três porquinhos".
Paulistano, Cardozo é mestre em Direito, advogado e procurador do município de São Paulo. Foi vereador de São Paulo por três mandatos, presidiu a Câmara Municipal durante dois anos, e, por duas vezes, foi deputado federal pelo PT de São Paulo.
Cardozo é considerado um dos expoentes do "Mensagem ao Partido", grupo minoritário de militantes petistas que reúne integrantes de diversas correntes em todo o Brasil. Cardozo foi indicado pelo grupo para coordenação a campanha de Dilma e também para a secretaria nacional do PT, além de ser o representante da Mensagem na mais recente disputa pela presidência do partido.
"Sempre foi visto como pessoa muito preparada do ponto de vista jurídico, uma pessoa brilhante. Teve papéis importantes em momentos de degradação da vida institucional", lembra o amigo e deputado federal Paulo Teixeira.
O deputado cita como primeiro exemplo desse compromisso a atuação de Cardozo na Câmara dos Vereadores de São Paulo durante as apurações da "CPI da Máfia dos Fiscais".
Em Brasília, também teve atuação de destaque como sub-relator de contratos da CPI dos Correios, realizada em 2006.Em março de 2010, divulgou uma carta em seu site pessoal afirmando que não tentaria a reeleição ao cargo de deputado. Ele manifestou descontentamento com a importância dos recursos financeiros para a vitória na campanha e afirmou que somente uma reforma política poderia mudar o quadro.
Em março de 2010, Cardozo divulgou uma carta em seu site pessoal afirmando que não tentaria a reeleição ao cargo de deputado. Ele manifestou descontentamento com a importância dos recursos financeiros para a vitória na campanha e afirmou que somente uma reforma política poderia mudar o quadro.
No ano passado, tentou o cargo de presidente do Partido dos Trabalhadores, em substituição ao deputado federal Ricardo Berzoini. Obteve 81.372 votos, 17,2% do total, perdendo para o ex-presidente da Petrobras Distribuidora, José Eduardo Dutra.
No governo Dilma, deve manter papel de protagonista em debates estratégicos e terá proximidade com a presidente. Ainda no ministério Lula era apontado como ministeriável e poderá agora unir conhecimento de Direito e o bom trânsito dentro do cenário político.
"Tem um perfil que concilia essas duas vertentes, é muito técnico, tem uma formação profissional muito densa e ao mesmo tempo tem uma formação política muito completa." Como amigo, é classificado como sincero e direto em suas preocupações. Nas horas livres, tem como hobby o exercício da música: é considerado um bom pianista. É um dos adeptos do Twitter, onde mantém o perfil @deputadocardozo.
Cardozo começou a militância política no Centro Acadêmico da Faculdade de Direito da PUC. Foi também secretário de Governo do município de São Paulo (1989 a 1992), na gestão da prefeita Luiza Erundina. Atuou como chefe de gabinete da antiga Secretaria da Administração Federal da Presidência da República (1993).
Trabalhou como professor de direito administrativo da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) e de curso preparatório para ingresso nas carreiras do Ministério Público e Magistratura. Escreveu "Da Retroatividade da Lei", da Editora Revista dos Tribunais, apresentado como trabalho de mestrado em 1993. Também é autor de "A Máfia das Propinas - Investigando a corrupção em São Paulo", lançado pela Editora Fundação Perseu Abramo, em que relata os bastidores da CPI que presidiu em 1999.
Foi um dos organizadores, em parceria com João Eduardo Lopes e Márcia Walquiria Batista Santos, do livro "Curso de Direito Administrativo Econômico-Vol. 1" editado pela Malheiros Editores em 2006.
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