O presidente do DEM, deputado federal Rodrigo Maia (RJ), afirmou nesta quinta-feira (10) que o caso do vice-governador do Distrito Federal, Paulo Octávio, é diferente do do governador José Roberto Arruda, que deixou o partido nesta tarde.
"Acho que as situações são diferentes e devem ser avaliadas de forma diferente. A diferença é que o vice-governador Paulo Octávio não tem situação igual à do governador do Distrito Federal, que tem um diálogo e tem um vídeo recebendo recursos", disse Maia.
O líder do DEM no Senado, José Agripino (RN), chegou a comparar a situação do vice à do presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP), que também foi citado em diálogos gravados pelo ex-secretário Durval Barbosa, que detonou o escândalo. Temer negou na semana passada qualquer relação com as denúncias e disse que estava acionando a Justiça para questionar a citação de seu nome no caso.
Maia não quis dizer se o partido abrirá investigação contra Octávio. Agripino destacou que no caso do vice-governador do DF e de deputados distritais citados no esquema caberá ao diretório regional decidir. A questão é que o próprio vice-governador é o presidente do partido no DF. "Se a [representação] regional não fizer, aí a nacional fará", disse Agripino.
O líder do DEM na Câmara, Ronaldo Caiado (GO), destacou que o partido iria expulsar o governador. Por isso, ele não vê motivos para se desconfiar que os outros filiados serão julgados. "O partido desfiliou o único governador. Então, o partido tem credibilidade para fiscalizar a vida de qualquer um outro filiado."
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