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O adolescente suspeito de participar do assalto em que o menino João Hélio foi morto prestou depoimento nesta sexta-feira à tarde. O adolescente disse que é inocente e botou a culpa em Carlos Eduardo - seu irmão - e em Diego. O menor incriminou também Thiago, dizendo que ele estava acostumado a fazer o ‘bonde’ - levar o grupo até o local onde será praticado o crime. Segundo o rapaz, Carlos Roberto não estava acostumado a participar de ‘bonde’. Essa seria a primeira vez dele.

Quatro PMs também são ouvidos

Os depoimentos começaram por volta de 14h50. João Hélio Vieites foi morto no dia 7 de fevereiro arrastado por um carro depois de ter ficado preso no cinto de segurança. A audiência acontece na 1ª Vara Criminal de Madureira, no subúrbio do Rio. É nesta fase que as testemunhas de acusação apresentam suas versões para o crime.

Entre as testemunhas arroladas pelos advogados de acusação estão quatro PMs e o menor de 16 anos, suspeito de ter participado do crime. O menor foi ouvido apenas como testemunha, pois será julgado na Vara da Infância e da Juventude.

A audiência está sendo presidida pela juíza Angélica dos Santos Costa, que mantém a sala da audiência trancada a chave e um policial militar na porta para que ninguém entre sem autorização. Os quatro maiores, Carlos Eduardo Toledo Lima, Diego Nascimento da Silva, Carlos Roberto da Silva e Thiago de Abreu Mattos, também estão presentes na audiência.

Segundo os advogados de defesa, o processo está cheio de suposições. "Não tem nenhuma certeza", diz Celso Queiroz, que advogada para Carlos Eduardo, Diego e Thiago.

Nos depoimentos ouvidos na quinta-feira (8), a mãe do menino João Hélio disse não ter visto o menor dentro do carro. Para os advogados de defesa, todos os depoimentos, até o momento, tiveram contradições, a não ser o de Rosa Cristina Fernandes Vieites. "Ela foi a única que falou com calma, serenidade e coerência", informou Celso Salles, que advoga ao lado de Queiroz.

Salles e Queiroz disseram ainda que Rosa declarou ser Diego o motorista do carro. As outras testemunhas, no entanto, teriam dito que ele estava no banco do carona. Para eles, essa contradição é a prova de que existem falhas no processo.

Também na quinta-feira (8), o motoqueiro Wagner Cândido Mendes, de 22 anos, que perseguiu o carro roubado da Rua João Vicente à Capitão Couto Menezes, identificou por meio de um vidro Carlos Eduardo Toledo Lima, como o jovem que dirigia o veículo, e Diego da Silva, como o carona, mas não tinha certeza se havia uma terceira pessoa.

Mãe identificou dois acusados

Rosa, mãe de João Hélio, já tinha reconhecido dois acusados do crime que matou seu filho no depoimento que prestou ao Juizado de Infância e Adolescência, na tarde de terça-feira (6). Eles seriam Diego Nascimento da Silva e Carlos Eduardo Toledo Lima.

A identificação foi por meio de uma fresta, fazendo com que Rosa não ficasse em nenhum momento frente a frente com os acusados.

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