Cunha é levado para o IML após ser preso na Lava Jato| Foto: Aniele Nascimento/Gazeta do Povo

Quase dois meses após ser cassado, o ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) mandou desocupar nesta quinta-feira (3) o apartamento funcional em Brasília que pertence à Câmara dos Deputados. Fontes revelaram que ex-funcionários do peemedebista pagaram a mudança para o Rio de Janeiro.

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Cunha perdeu o mandato no dia 12 de setembro e tinha 30 dias para sair do apartamento no final da Asa Sul, bairro do plano piloto. Há aproximadamente 10 dias, a família foi notificada a desocupar o imóvel sob pena de pagamento de multa. Os funcionários da Câmara se preparavam para encaminhar a segunda notificação quando foram informados de que os móveis do ex-deputado estavam sendo retirados do apartamento.

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A quarta secretaria, responsável pelos apartamentos ocupados por parlamentares, vai calcular a multa que será apresentada ao peemedebista a partir do dia em que as chaves forem entregues. O valor da multa é calculado com base no auxílio-moradia de R$ 4.253 e de forma proporcional aos dias em que a ocupação esteve irregular.

A intenção de Cunha era repassar o apartamento ao deputado João Carlos Bacelar (PR-BA), um de seus mais fiéis aliados, mas pelas regras da Câmara o imóvel será destinado a um dos 50 parlamentares que estão na fila por moradia fixa em Brasília. Os apartamentos funcionais têm mobiliário básico, como conjunto de sofás, sala de jantar, camas e eletrodomésticos. Os deputados podem complementar o ambiente com a decoração que quiserem.

Por regra, a Câmara não faz o transporte dos pertences de parlamentares e ex-parlamentares, seja dentro do Distrito Federal ou fora. A mudança foi realizada pela VTC Log e está estimada em R$ 5 mil.

O ex-deputado foi preso no dia 19 de outubro na garagem do prédio funcional em Brasília. Pressentindo a possibilidade de prisão, o peemedebista já tinha as malas prontas quando foi abordado por policiais federais.

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