Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, vai cumprir pena em prisão domiciliar| Foto: Eduardo Knapp/Arquivo/Folhapress

Fernando Cavendish, dono da construtora Delta, o contraventor Carlinhos Cachoeira e os empresários Adir Assad, Claudio Abreu e Marcelo Abbud foram liberados pouco antes das 4h desta segunda-feira (11) da unidade conhecida como Bangu 8, no complexo penitenciário de Gericinó, na zona oeste carioca.

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Na sexta-feira (8), o ministro Nefi Cordeiro, do Superior Tribunal de Justiça (STJ ), determinou a soltura dos cinco detidos.

Com a decisão, eles irão cumprir a prisão domiciliar mesmo que tornozeleiras eletrônicas estejam indisponíveis. A orientação é para que eles sejam monitorados por agentes da Polícia Federal.

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Eles são acusados de desviar R$ 370 milhões de contratos de obras públicas realizadas pela construtora Delta, cujo principal acionista é Cavendish. Com esse dinheiro, segundo os procuradores, era pago propina a agentes públicos. Ainda segundo a investigação, 18 empresas de fachada foram usadas para lavar os desvios.

Cavendish, Cachoeira e Assad, que já foi condenado pela Lava Jato, foram presos durante a Operação Saqueador, deflagrada no dia 30 de junho.

Em 1º de julho, o desembargador Ivan Athié, do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), converteu os mandados de prisão preventiva expedidos para os cinco suspeitos em prisão domiciliar.

No entanto, o benefício foi condicionado ao uso de tornozeleiras eletrônicas. Mas, com a falta do equipamento no sistema penitenciário do Rio, eles acabaram transferidos para o regime fechado em Bangu 8.

Outro pedido

Assad também foi alvo da Operação Pripyat, deflagrada no último dia 6. Ele teve novo pedido de prisão preventiva aceito pelo Judiciário.

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Cordeiro também revogou neste domingo (10) a prisão de Assad em regime fechado.

A Operação Pripyat investiga o pagamento de até R$ 48 milhões em propinas pela Andrade Gutierrez na construção da usina de Angra 3.