Acordo para salvar Renan é "imoral", diz relator de processo
O relator do processo de cassação contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), Jefferson Péres (PDT-AM), reagiu nesta segunda-feira (19) ao possível acordo dentro da base aliada para absolver o peemedebista em troca dos votos necessários à aprovação da proposta de prorrogação da CPMF até 2011. "Se esse `acordão´ estiver em marcha, e eu acho muito provável que esteja, será a desmoralização do Senado. Isso é espúrio e imoral", disse o senador, que na última quarta-feira (14) recomendou a cassação Renan.
Mais uma vez, o presidente licenciado do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), está no centro das atenções da política nacional. Na quarta-feira (30), a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ) da Casa se reunirá para decidir se envia ou não a plenário a cassação de Renan. O relator da matéria é o senador Arthur Virgílio (PSDB-AM), um dos maiores críticos do governo e de Renan.
O senador teve a cassação recomendada pelo Conselho de Ética por conta da representação apresentada pelo Democratas e pelo PSDB que acusa o senador de manter sociedade por meio de "laranjas" em duas emissoras de rádio e em um jornal de Alagoas. O peemedebista já foi absolvido do processo em que era acusado de pagar despesas pessoais com recursos do lobista Cláudio Gontijo, da construtora Mendes Junior.
O pedido de cassação de Renan tem de ser analisado na CCJ antes de seguir para o plenário, que deve se reunir no dia 5 de dezembro para julgar o presidente licenciado do Senado. No dia 14 de novembro, o relatório de Jefferson Péres (PDT-AM) foi aprovado no Conselho de Ética. O documento pedia a cassação de Renan por ter usado "laranjas" (terceiros) para a compra de duas emissoras de rádio e um jornal em Alagoas.
Se Renan Calheiros for cassado no plenário, além de perder o mandato, ele ficará inelegível até fevereiro de 2019.
CPMF
Já nesta segunda-feira (26), o plenário do Senado deve votar duas Medidas Provisórias (MPs) que estão trancando a pauta de votações da Casa e, com isso, atrasando a votação da prorrogação até 2011 da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF).
A prorrogação da CPMF já foi aprovada pela CCJ do Senado no último dia 13. Agora, a matéria tem de ser aprovada em dois turnos no plenário do Senado. A expectativa do presidente interino da Casa, Tião Viana (PT-AC), é de que o assunto esteja totalmente votado no Senado até o dia 22 de dezembro.
A oposição ao governo no Senado acreditava que exista um acordo entre PT e PMDB para trocar a absolvição de Renan pela aprovação da prrogação da CPMF.
Novo coordenador
O novo ministro das Relações Institucionais, José Múcio Monteiro, que tomou posse na última sexta-feira (23), tenta amenizar o desgaste causado pela bancada de seu partido, o PTB, ao governo.
Nesta terça-feira (27), ele promoverá um jantar com senadores correligionários para discutir a posição da bancada sobre a prorrogação da CPMF. Múcio quer evitar uma rebelião entre os aliados que o faça perder votos fundamentais para a aprovação da emenda constitucional no plenário do Senado.
A relação do partido com o Palácio do Planalto azedou quando os seis senadores decidiram deixar o bloco de apoio do governo por retaliação à decisão da líder petista Ideli Salvatti (SC) de retirar Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR) dos quadros da CCJ.
Lula
Também nesta segunda, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva participará, às 11h30h, da cerimônia de apresentação dos novos oficiais-generais das Forças Armadas.
Às 20h, o presidente deve participar da cerimônia de abertura da 3ª Conferência Nacional das Cidades, em Brasília.
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