O decano do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Celso de Mello, afirmou nesta quinta-feira (25) que no Brasil "ainda, infelizmente, lamentavelmente, se evidenciam relações antagônicas e conflituosas que tendem a patrimonializar a coisa pública, confundindo-a com a esfera privada de terceiros". Celso de Mello fez a crítica, sem citar nomes nem a crise dos atos secretos no Senado, durante discurso lido no plenário do STF em homenagem ao procurador-geral da República, Antonio Fernando de Souza, que encerra o seu segundo mandato como chefe do Ministério Público da União neste domingo. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não escolheu o substituto de Souza.
O decano do Supremo disse ainda que "regimes autocráticos, governantes ímprobos e cidadãos corruptos temem um Ministério Público independente". Nos quatro anos à frente do Ministério Público, Souza propôs perante o STF 130 ações diretas de inconstitucionalidade, 45 denúncias e 141 pedidos de instauração de inquérito. O destaque de sua atuação foi o caso mensalão. Ele denunciou 40 pessoas, inclusive ex-ministros, suspeitas de envolvimento num esquema de desvio de recursos públicos.
Hoje, o presidente nacional da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Cezar Britto, afirmou que a crise do Senado pode afetar a democracia. "Se a instituição, que tem esse poder não resolver a crise, podemos fomentar um dos maiores agravos à democracia, que é acabar com o parlamento.
- Mendes critica atos secretos e defende Sarney
- Decisão permitindo pagamento superior ao teto salarial é um dos atos secretos
- Supremo tem 368 ações e inquéritos em tramitação contra autoridades
- Mendes confirma julgamento de Palocci para agosto
- Corregedor do Senado diz não ver elementos para investigar Sarney
- STF arquiva processo contra Palocci por fraude em contrato de lixo
Hugo Motta troca apoio por poder e cargos na corrida pela presidência da Câmara
Eduardo Bolsonaro diz que Trump fará STF ficar “menos confortável para perseguições”
MST reclama de lentidão de Lula por mais assentamentos. E, veja só, ministro dá razão
Inflação e queda do poder de compra custaram eleição dos democratas e também racham o PT