![Centrais sindicais farão frente a eventual governo Temer no 1º de maio Movimentos sociais em ato pela democracia, no Vale do Anhangabaú, em abril: centrais sindicais prometem protestos em 1º de maio | Paulo Pinto/Agência PT](https://media.gazetadopovo.com.br/2016/04/1c1e6378345de2c2b5a1daf0ac958c2c-gpLarge.jpg)
Centrais sindicais e movimentos sociais vão aproveitar o 1º de maio, dia em que se comemora o dia do trabalho, para fazer frente a um eventual governo de Michel Temer. Eles acreditam que os direitos trabalhistas estarão ameaçados caso o vice-presidente assuma e afirmaram que não vão reconhecer nenhum governo que não tenha sido eleito nas urnas.
“[O impeachment] Não é um golpe só contra a democracia. Há também um interesse claro de retirada de diretos dos trabalhadores, a aprovação da terceirização do Senado. Não é à toa que tem apoio da Fiesp, da CNI”, disse Sérgio Nobre, secretário-geral da CUT.
Os representantes dos movimentos e centrais mostraram preocupação com o documento “Uma Ponte para o Futuro”, elaborado pelo PMDB e divulgado em outubro de 2015, que propõe o fim das indexações, seja para salários, benefícios previdenciários ou outros gastos do governo.
“O Michel Temer chama de “Uma Ponte para o Futuro” e nós chamamos de “Uma Ponte para o Passado”. Querem acabar com os programas sociais e culpam eles pelo desarranjo das contas públicas, vão mexer na previdência”, completou Nobre.
Em entrevista coletiva à imprensa na manhã desta quarta-feira (27) em São Paulo, os organizadores disseram que “há uma grande expectativa” de que a presidente Dilma Rousseff participe do ato no Vale do Anhangabaú, centro da capital paulista. A presença do ex-presidente Lula, segundo eles, está confirmada.
Os organizadores pretendem fazer mobilizações em todo o país no domingo. Eles acreditam que isso pode interferir na decisão do Senado em relação ao processo de impeachment da presidente.
“O Senado é uma casa mais qualificada. Nós vamos debater muito com os senadores, mostrar que esse impeachment vai agravar a crise econômica e representa um retrocesso para o Brasil. Não vamos reconhecer nenhum governo que não passe por eleição”, afirmou o secretário-geral da CUT.
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