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Edson Ribeiro, advogado de Cerveró. | Brunno Covello/Gazeta do Povo
Edson Ribeiro, advogado de Cerveró.| Foto: Brunno Covello/Gazeta do Povo

O segundo depoimento do ex-diretor da Petrobras Nestor Cerveró à Polícia Federal será nesta quinta-feira (22). Cogitou-se que o depoimento de Cerveró, preso desde a semana passada na carceragem da Polícia Federal em Curitiba, poderia ser adiado já que alguns documentos apreendidos na casa dele durante a prisão ainda não teriam sido anexados ao processo.

Segundo o advogado de Cerveró Edson Ribeiro, a falta da anexação não seria um problema já que o novo depoimento de Cerveró deverá ser exclusivamente sobre o processo de compra de uma usina em Pasadena, nos Estados Unidos, na época em que ele era diretor da área internacional da Petrobras. Os documentos apreendidos não teriam relação com esse fato. "Os documentos apreendidos na casa dele não têm nenhum valor para a defesa", afirmou.

Cerveró é réu na Operação Lava Jato por suspeita de que tenha recebido propinas na compra de navios-sonda para a estatal. Além disso, há um inquérito sobre o fato de ele ter supostamente levado a empresa a erro na compra da usina de Pasadena, que acarretou um prejuízo milionário à Petrobras.

Ribeiro afirmou que Cerveró faz questão de ser ouvido sobre Pasadena. "Nós temos total interesse nesse depoimento", afirmou. Cerveró nega irregularidades no processo de compra da usina. O advogado, que disse que a prisão preventiva foi desnecessária, espera o julgamento de um habeas corpus no Tribunal Regional Federal de Porto Alegre.

Em seu primeiro depoimento, Cerveró falou sobre suas movimentações financeiras e sobre a contratação da Samsung para o fornecimento de navios - sonda para a Petrobras.

Na entrevista em Curitiba, Ribeiro também negou que Cerveró tenha qualquer relação com supostas irregularidades cometidas em Angola. Um informante disse à Polícia Federal que Cerveró teria participado de um esquema que teria propositadamente causado prejuízo de R$ 700 milhões à empresa para conseguir desviar dinheiro. "São apenas ilações", disse o advogado.

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