O líder do governo, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP), negou nesta terça-feira que o PT e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenham acertado uma posição comum em relação às denúncias contra o deputado Severino Cavalcanti. Segundo Chinaglia, o PT decidiu encaminhar a representação contra o presidente da Câmara à Corregedoria-Geral - e não ao Conselho de Ética, como fizeram outros partidos - para garantir o princípio do direito de defesa.
- Embora eu seja radicalmente contrário às posições de Severino, nem por isso farei prejulgamentos - disse.
Chinaglia garantiu que o governo não deseja impedir a realização de investigações sobre as denúncias contra Severino. Ele considera "fácil" o esclarecimento da verdade sobre o documento cuja assinatura o empresário Sebastião Buani atribui ao presidente da Câmara. Há duas perícias contraditórias quanto ao documento: uma considera a assinatura autêntica, a outra aponta a existência de falsificação.
Para o líder do governo, a Câmara não pode ficar paralisada devido às investigações.
- Poucos lembram qual é a pauta da casa porque as denúncias tomam conta do noticiário - afirmou, ao defender a retomada das votações.
Bolsonaro e mais 36 indiciados por suposto golpe de Estado: quais são os próximos passos do caso
Bolsonaro e aliados criticam indiciamento pela PF; esquerda pede punição por “ataques à democracia”
Deputados da base governista pressionam Lira a arquivar anistia após indiciamento de Bolsonaro
A gestão pública, um pouco menos engessada
Deixe sua opinião