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O pré-candidato do PSB a presidente, deputado Ciro Gomes (CE), tem um trunfo para fechar a aliança com o PDT do ministro do Trabalho, Carlos Lupi, e assim viabilizar sua candidatura, garantindo maior espaço na propaganda eleitoral gratuita no rádio e na televisão. Um aliado de Ciro informa que o pré-candidato deve oferecer o posto de vice em sua chapa presidencial ao ministro Lupi. Foi com oferta idêntica ao deputado Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), que Ciro consolidou a aliança para disputar o Planalto em 2002.

O PSB trabalha para reeditar o bloquinho com o PDT e o PC do B porque só tem garantido um minuto e onze segundos em cada um dos dois blocos diários de 25 minutos de propaganda eleitoral na tevê. É certo que este tempo pode dobrar com a divisão, entre os presidenciáveis de 2010, da sobra dos minutos que couberem aos partidos que não apresentarem candidatos a presidente.

Ainda assim é pouco e o desafio de fortalecer o palanque eletrônico não é o único que ocupa os aliados de Ciro. O PSB não pode confrontar com o PT da pré-candidata e ministra Dilma Rousseff (Casa Civil), e tem que contar com a "compreensão" do governo, para fechar as alianças com partidos aliados aos presidente Lula. "Temos que montar o palanque do Ciro sem desmontar o palanque da Dilma", resume o senador Renato Casagrande (PSB-ES), certo de que é possível manter um bom relacionamento na base governista, para que todos os aliados estejam juntos no segundo turno da corrida presidencial.

Um interlocutor comum de Ciro e Lupi aposta que o ministro aceitaria o convite e acrescenta que ele tem autonomia para fazê-lo, na condição de presidente nacional licenciado do PDT. Pondera, no entanto, que Lupi precisará obter o aval do presidente Lula para fechar o acordo.

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