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O deputado federal Ciro Gomes (PSB-SP) disse nesta sexta-feira (5), em Fortaleza, duvidar que o cantor e compositor Caetano Veloso tenha dito "grosserias" contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. "Acho que o Caetano é uma pessoa que sempre terá dito coisas muito interessantes para se ouvir e para se pensar. Por isso, eu duvido que ele tenha dito assim como você está me repetindo", afirmou Ciro ao ser perguntado sobre o que achava do artista baiano ter falado em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo que "Marina não é analfabeta como o Lula, que não sabe falar, é cafona falando, grosseiro".

"Caetano sempre foi polêmico. Mas o que ele não é e nem nunca foi é uma pessoa grosseira", afirmou Ciro, depois de proferir palestra no IV Seminário da Secretaria Especial dos Portos. Ele se ausentou da mesa logo depois de ter sido anunciado pelo cerimonialista do evento. Na volta, desculpou-se informando que fora atender um telefonema do presidente Lula. "Hoje é meu aniversário e ele (Lula) me ligou para me dar parabéns", disse Ciro, que ganhou bolo e soprou velinhas pelos seus 52 anos.

Sobre a conversa com Lula, Ciro disse que o presidente foi "gentil como sempre" e passou o telefone para a ministra-chefe da Casa Civil, Dilma Rousseff. "Ela me disse que estava ficando mais velho e mais bonito. Respondi que o mais bonito era por conta dela", afirmou com um ar descontraído. Ciro disse que falou com o governador de Minas Gerais, Aécio Neves (PSDB), que também que o ligou para desejar-lhe feliz aniversário.

Voltou a elogiar o tucano mineiro. Segundo ele, entre Aécio e uma possibilidade franca dele ser presidente da República, "favorito mesmo", chama-se José Serra, o governador de São Paulo. "E é uma coisa grave porque (Serra) não assume a candidatura e não dá ao Aécio a condição de se fazer conhecido no Brasil inteiro", analisou Ciro.

Aconselhou Aécio a, independente da indefinição do PSDB, a se colocar como candidato e pronto. "E que iria levar sua pretensão legítima de ser candidato a presidente do Brasil à Convenção Nacional. E que aqueles outros, que quisessem ser também", o derrotassem na Convenção.

Acho que com essa afirmação categórica, ele (Aécio) seria (o escolhido tucano)" , afirmou Ciro. E, mais uma vez, ele disse ser candidato a presidente, mesmo tendo transferido seu título eleitoral para São Paulo, a pedido de Lula, que quer que ele dispute o governo paulista. "Agora, isso comunica a minha disposição, que é tudo que se pode afirmar hoje", ponderou.

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