Em discurso no início das obras da Ferrovia Transnordestina, o ex-ministro da Integração Nacional Ciro Gomes saiu em defesa do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Com o governador tucano Lúcio Alcântara no palanque, Ciro disse que a oposição não tem moral nem coerência para atacar Lula e que uma obra como aquela não seria realizada num "modelo ideológico que dominou o Brasil nos últimos oitos anos". Segundo Ciro, Lula teve a humildade de pedir desculpas ao país quando integrantes de seu governo cometeram erros e demitiu todos eles. Disse ainda que Lula nunca prometeu um "governo de anjos", e sim, que puniria aqueles que cometessem irregularidades.
- Essa gente que tanto lhe agride não têm moral nem coerência para falar da sua dignidade, embora o senhor tenha humildemente pedido desculpas ao país quando fizeram malfeitos sem que o senhor tivesse responsabilidade. O senhor nunca prometeu um governo de anjos, mas prometeu que, se houvesse erros em seu governo, iria colocar na rua os envolvidos e o senhor colocou na rua todos eles. Hoje, os que chafurdaram na lama da corrupção são os que apontam o dedo sujo para o presidente - disse Ciro.
Numa festa comandada por Ciro e seu irmão Cid Gomes, que vai disputar o governo do Ceará em outubro, o governador Lúcio Alcântara foi vaiado do início ao fim de seu discurso. O tucano disse que estava ali cumprindo o papel institucional de governador e destacou sua boa relação com Lula, com quem disse ter tido sempre uma relação digna nesses quase quatro anos de mandato do petista. Já Ciro Gomes era aplaudido toda vez que pegava o microfone.
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