O PMDB voltou a considerar a possibilidade de ter o ex-governador Orestes Quércia concorrendo ao governo do estado de São Paulo e de rejeitar qualquer aliança estadual com PSDB ou PT. A intenção de disputar a sucessão do governador Cláudio Lembo foi manifestada pelo próprio Quércia durante reunião com a executiva do PMDB paulista na noite desta segunda-feira. Na ocasião, os participantes do encontro assistiram juntos ao programa partidário, exibido em rede estadual do TV e encerrado com o ex-governador defendendo a candidatura peemedebista.
A disposição manifestada por Quércia agradou os integrantes da cúpula do partido e significa um recuo nas negociações que o ex-governador vinha mantendo com o PSDB, menos de uma semana depois da reunião do peemedebista com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Durante o encontro realizado em Brasília, na quarta-feira, Lula disse da intenção de ter um vice do PMDB na chapa em que disputará a reeleição. O senador Aloizio Mercadante, candidato a governador pelo PT, também abriu a vaga em sua chapa para o partido.
A conversa entre Quércia e Lula foi interpretada pelo PSDB paulista como uma ducha de água fria nas negociações que vinha mantendo com o peemedebista para tentar atraí-lo para o apoio à candidatura de José Serra ao governo do estado. O programa de TV peemedebista também evidenciou o esfriamento na relação, ao bater duramente em problemas do estado.
Tucanos entendem que, como já dispõe do apoio de líderes do PMDB como os senadores Renan Calheiros (AL) e José Sarney (AP), Lula quer pelo menos garantir a neutralidade das lideranças com as quais não tem proximidade e, no caso de Quércia, ainda tentar dar alguma ajuda a Mercadante.
Parlamentares peemedebistas concordam com essa avaliação. Argumentam que uma candidatura de Quércia, além de puxar votos para as chapas de deputados, tem chances de levar a disputa estadual para um segundo turno. Pelas atuais pesquisas, Serra vence a eleição já no primeiro turno.
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