Uma semana após ter fracassado na Câmara a tentativa de votar o projeto do novo Código Florestal, o líder do governo na Casa, deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP), afirmou nesta terça-feira (17) que o texto do relator Aldo Rebelo (PCdoB-SP) será analisado "na próxima semana".
"Na semana que vem, nós vamos votar o Código Florestal. É certeza absoluta. Podem escrever", afirmou Vaccarezza, durante entrevista aos jornalistas no Salão Verde da Câmara.
Apesar de o líder do governo prever a votação para a próxima semana, o líder do DEM na Câmara, ACM Neto (BA), anunciou que a oposição vai tentar aprovar ainda na sessão desta terça um requerimento determinando a votação do Código Florestal já nesta semana.
A estratégia da oposição para aprovar o requerimento no plenário da Casa é contar com a possível traição de setores da base governista, que exigem a votação imediata do texto. O líder do governo, no entanto, disse ainda que a base governista está unida no propósito de começar a analisar o texto do código na próxima semana.
Para justificar a votação do requerimento, ACM Neto afirmou que "não tem mais como acreditar no governo": "O problema é que já ouvimos essa história [de prazo confirmado para votação do código] duas vezes. Não temos mais como acreditar no governo."
"Sem data para votar"
No dia 12 de maio, um dia após o governo ter adiado a votação do texto do novo Código Florestal no plenário da Casa, Vaccarezza disse que o Planalto não trabalhava mais com prazo para votar o relatório do deputado Aldo Rebelo (PCdoB-SP).
O líder do governo mandou um recado para os "representantes do setor produtivo" ao recomendar a eles que "acelerem" a elaboração de um acordo para votar o código porque o decreto de anistia aos desmatadores, que expira em 11 de junho, não será prorrogado.
Apesar de dizer que não havia mais prazo para votar o novo Código Florestal, o líder do governo negou que o projeto tivesse "subido no telhado". "Mais importante do que o prazo é garantir o conteúdo do código. O governo nunca trabalhou com prazo. O prazo foi estabelecido pela oposição e pela base e nós fomos aceitando na expectativa de chegarmos a um acordo. Mas nós vimos que não tem como chegar a um acordo", argumentou Vaccarezza na ocasião.
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