O metrô não saiu porque custa muito caro, a prefeitura não tem dinheiro suficiente para tocar a obra e nem para assumir as responsabilidades de um financiamento.
A usina de reciclagem do lixo de Curitiba e de 16 outros municípios da região metropolitana também não saiu por culpa das empresas que participaram da licitação promovida pela prefeitura. Os empreiteiros questionam na Justiça os procedimento licitatórios impedindo a conclusão da concorrência e o início das obras.
Estas foram as explicações que o ex-prefeito Beto Richa, agora candidato ao governo estadual, deu ontem ao ser sabatinado por jornalistas do portal UOL e da Folha de S.Paulo, a respeito de obras que constavam do seu plano de gestão e que não foram realizadas. Anteontem, quem foi submetido à mesma sabatina foi seu adversário, Osmar Dias.
Sobre o fato de ter cumprido apenas 15 meses do segundo mandato (que deveria durar 48), a culpa é do povo, que quis que ele renunciasse ao cargo para se candidatar a governador. Negou que tivesse registrado em cartório a promessa de ficar no cargo até o fim. Registrado em cartório foi apenas o programa de governo que pretendia executar à frente do município, esclareceu.
No dia anterior, Richa havia sido criticado por Osmar "pela falta de compromisso com a palavra empenhada", referindo-se à promessa de ficar na prefeitura, de apoiá-lo na eleição para o governo em 2010 e de realizar as obras que propôs. As críticas tiveram revide num tom que começa a tomar corpo nesta reta final de campanha.
Por exemplo: esnobou o apoio que Lula dá a Osmar Dias, lembrando que, na eleição de 2008 para a prefeitura, apesar do apoio explícito do presidente à candidata petista Gleisi Hoffmann, esta obteve apenas 25% dos votos contra os 77% que o reelegeram. Pelo menos em Curitiba, disse ele citando o caso, Lula não transfere votos.
Alfinetou também o adversário chamando-o de ventríloquo de Requião e pela cansativa repetição de seus vínculos com a presidenciável Dilma Rousseff. "Eu caminho com as minhas próprias pernas e não preciso de ninguém que fique soprando no meu ouvido", afirmou Beto. Foi o mote para explicar que a pouca presença do correligionário José Serra nos seus programas de televisão se deve a uma decisão da equipe de produção.
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Olho vivo
Bem legal 1
O conselheiro sub judice do Tribunal de Contas Maurício Requião vai receber 13.º salário e férias proporcionais por ter exercido o cargo de julho de 2009 a março de 2010. Requerimento que endereçou ao TC foi examinado pelas diretorias de Recursos Humanos e Econômico-Financeira e pelo Ministério Público de Contas, que consideraram justas as suas reivindicações. Com base no parecer dessas repartições, o plenário aprovou por unanimidade o pagamento das importâncias de que Maurício alegou ser credor.
Bem legal 2
Os pareceres emitidos reconhecem que o Supremo Tribunal Federal (STF) de fato sustou os efeitos da nomeação do conselheiro, afastando-o da função. Mas, por outro lado, argumentam, embora seus efeitos tenham sido rompidos, que não se pode "desconsiderar o período efetivamente laborado, sob pena de enriquecimento ilícito do Erário".
Bem legal 3
Maurício só pode retornar ao cargo após o trânsito em julgado da ação movida pelo advogado Cid Campêlo Filho que questionou a legalidade da sua nomeação. Em liminar, o STF concordou com Campêlo, mas ainda não examinou o mérito da questão sujeita ainda a inúmeros recursos. A decisão final poderá levar anos, mas enquanto isso o Tribunal de Contas mantém o gabinete e os funcionários comissionados que Maurício nomeou. Estão lá, sem chefe e quase sem função, mas com salários, sete desses servidores. Tudo bem legal.
Esperança
O empresário Francisco Simeão, primeiro suplente do candidato a senador Roberto Requião, está seguro de que o registro de sua candidatura será deferido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O TRE do Paraná aceitou como válida a ficha de filiação partidária ao PMDB que Simeão assinou em 1982, mas o Ministério Público Eleitoral contesta, porque não há outros registros comprobatórios da filiação na documentação que deveria estar de posse da Justiça Eleitoral. Simeão tem esperança: argumenta com a atividade partidária que desenvolveu durante todo esse período para provar que não devem subsistir dúvidas quanto à regularidade da filiação. Em 2009, por exemplo, ele foi eleito delegado do partido. O TSE julgará o caso na semana que vem.
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