Olho vivo
Competitivo 1
No fim do ano passado, mais precisamente em 16 de dezembro, o governo estadual anunciou ter garantido a instalação no Paraná da Sinotruk, uma indústria chinesa de caminhões cujo tamanho pode ser medido pelo faturamento de US$ 13,5 bilhões e com a produção de 219 mil veículos em 2010. O projeto contava com incentivos do programa Paraná Competitivo.
Competitivo 2
A indústria previa produzir no Paraná 8 mil caminhões por ano destinados ao mercado de toda a América Latina, segundo informou o presidente mundial da Sinotruk, Jian Hua Zhang, ao governador Beto Richa, a quem prometera iniciar a construção da fábrica no segundo semestre de 2012.
Competitivo 3
Mas não há de ver que a Sinotruk foi parar em Santa Catarina? Anteontem, em ato realizado no hotel Sheraton, em São Paulo, autoridades do governo chinês e executivos da indústria assinaram com o governador de Santa Catarina, Raimundo Colombo, o compromisso de instalar a indústria em Lages. Numa primeira fase, serão investidos UR$ 300 milhões e criados 1.200 empregos diretos. Os catarinenses trabalharam em silêncio.
Adesão
Ratinho Jr. (PSC) colhe agora com mais facilidade os frutos da boa colocação na pesquisa Ibope/CBN. Amanhã recebe a adesão do PR (Partido da República).
Transparente
O item n.º 10 do capítulo "Um novo jeito de governar" constante do Plano de Metas do governo Beto Richa, promete textualmente "Aumentar a transparência e o controle social do Estado aproximando Governo e cidadão". Dá uma confusão danada na cabeça de quem lê esse texto e ao mesmo tempo constata que o líder do governo na Assembleia, deputado Ademar Traiano, manda a bancada votar contra a cada vez que aparecem requerimentos solicitando informações a respeito de atos do Executivo que merecem ser fiscalizados pelo Legislativo. A última aconteceu nesta semana, quando o deputado Tadeu Veneri viu derrotado por 26 a 8 seu pedido de esclarecimentos sobre R$ 254 milhões em compras do governo feitas sem licitação nos últimos seis meses.
O ex-presidente Lula só espera que o PT do Paraná decida como participará da eleição de prefeito em Curitiba se com candidato próprio ou apoiando o pedetista Gustavo Fruet para entrar em campanha a favor do nome escolhido. A afirmação foi ouvida pelo ministro Paulo Bernardo, que se encontrou anteontem com ele no hospital paulista onde faz fonoaudiologia para recuperar a voz, que ainda sofre efeitos da radioterapia.
O PT curitibano dá mais um passo neste domingo para definir sua estratégia. Cerca de 2.600 militantes da sigla vão eleger os 300 delegados que, no fim do mês, vão votar qual das teses deverá prevalecer entre as defendidas pelas duas chapas que se apresentaram para a disputa. Uma delas, liderada pelos ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann, defende a aliança com o PDT de Gustavo Fruet já no primeiro turno; a outra, que o partido lance candidato próprio. Neste caso, os deputados Dr. Rosinha (federal) e Tadeu Veneri (estadual) apresentam-se como alternativas como candidatos.
O encontro de Paulo Bernardo com Lula foi para mostrar-lhe os resultados da pesquisa Ibope/CBN, divulgada semana passada, que coloca o ex-presidente liderando a lista de notáveis com poder de influenciaro voto dos eleitores curitibanos, com índice bem superior ao segundo colocado, o governador Beto Richa. O ministro relatou também as articulações que vem mantendo com o PDT e seu presidente estadual, o ex-senador Osmar Dias, além de Fruet.
Lula reafirmou a intenção, caso vença a tese de apoio ao candidato do PDT, de imediatamente marcar uma conversa estratégica com Gustavo Fruet, sepultando os rumores de que jamais subiria no palanque do ex-deputado que fez forte oposição ao seu governo no Congresso. Lula manifestou a mesma disposição de embarcar na campanha de Curitiba caso a legenda se decida por candidatura própria.
Os ânimos entre as duas alas petistas continua, no entanto, exaltado, mas, na opinião do ministro, com tendência a se desanuviar tão logo o quadro se defina a partir do fim do mês. Paulo Bernardo e Dr. Rosinha se encontraram em Brasília na mesma terça-feira, à noite, quando, representando seus respectivos grupos, assumiram o compromisso mútuo de acatar e apoiar a decisão que for tomada, seja qual for. "O partido vai continuar unido", ressaltou Bernardo.
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