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A semana promete ser de ebulição para o lado peemedebista. Na segunda-feira à noite, tem reunião extraordinária para discutir a demissão de funcionários promovida pelo grupo de Roberto Requião que interveio no diretório regional antes da eleição de outubro.

Na terça-feira, deve sair a decisão da Justiça para o imbróglio criado com a intervenção requianista que invadiu a sede do diretório e instalou uma nova Comissão Executiva, tirando os poderes legais do presidente Osmar Serraglio e do secretário-geral Orlando Pessuti. O episódio também ocorreu na antevéspera da eleição estadual.

E, por fim, a semana será decisiva para as posições que o partido ocupará no novo mandato de Beto Richa. Diante do perigo de Ratinho Jr. (PSC) ser eleito presidente da Assembleia, o governador saiu da neutralidade para apoiar seu preferido, Ademar Traiano. Para assegurar o êxito da operação, costeia o PMDB: já concordou, por exemplo, que o deputado Luiz Claudio Romanelli seja o seu líder na Assembleia. Para outro peemedebista que o ajudou na campanha, Orlando Pessuti, acenou com a direção do BRDE.

Olho Vivo

Capelanias 1

Na edição de quinta-feira, esta coluna informou que o Hospital Evangélico – mesmo vivendo crise financeira grave e tendo fechado as portas para novos pacientes – mantinha em seus quadros de funcionários o exorbitante número de 31 capelães, representando as várias denominações religiosas que compõem a Sociedade Evangélica Beneficente (SEB), mantenedora do hospital. A informação rendeu duas notas de esclarecimento expedidas pelo Evangélico.

Capelanias 2

Na primeira nota, datada da própria quinta-feira, o hospital informava que não eram 31 os capelães, mas apenas 16. E justificava a presença deles entre os funcionários do hospital: "O capelão é parte integrante da equipe de saúde. Pesquisas comprovam que pacientes atendidos em sua espiritualidade respondem mais rápido ao tratamento clínico".

Capelanias 3

A segunda nota, datada do dia seguinte (sexta-feira), foi mais lacônica. Dizia assim: "Complementando a nota enviada ontem, eis novas informações sobre a questão da Capelania. Os seus integrantes foram demitidos". Informação que, diante da primeira, leva o senso comum a inferir que, a partir de agora, sem capelães, os pacientes do Evangélico não mais responderão tão rapidamente ao tratamento clínico.

Capelanias 4

Os 16 capelães demitidos custavam mensalmente ao Evangélico R$ 144 mil – importância praticamente idêntica à necessária para a manutenção de uma das alas do hospital. A mesma fonte desse dado acrescenta outro: a maioria dos capelães foi admitida há anos na estrutura de pessoal da instituição por influência política de antigos dirigentes, afastados em razão de suspeitas transações com convênios com o governo federal.

Capelanias 5

Claro que o caos que se instalou no Evangélico não se devia apenas ao gasto com os 16 capelães (média salarial de R$ 9 mil para cada um), mas a uma sucessão de erros administrativos históricos. Tanto que não foram demitidos apenas os assistentes espirituais, mas um total de 250 funcionários, conforme se divulgou na sexta-feira. As demissões, embora dolorosas, fazem parte do esforço de saneamento que a atual direção faz para garantir a sobrevivência do hospital, o maior de Curitiba, cujas portas estavam prestes a ser fechadas.

E os outros?

Tudo bem que Abib Miguel, o Bibinho, ex-diretor-geral da Assembleia, tenha sido preso de novo, desta vez no aeroporto de Brasília, portando uma mala com R$ 70 mil vivos. Não foi sua primeira prisão. Estava solto, mas respondendo a ações que o acusam de ser mentor do desvio de R$ 200 milhões dos cofres públicos. O fato levanta perguntas. Ele ocupou o mesmo cargo por quase duas décadas e serviu, durante o período, a vários presidentes e outros altos dirigentes da Casa. Nenhum desses deputados sabia? E, se sabiam, com que rapidez e rigor o Judiciário trata dos processos que lhes dizem respeito?

Explicação

A propósito de nota que infomou que a Sanepar abriu licitação para alugar veículos leves ao custo de R$ 25 milhões, a empresa informa que, ao contrário do que diz o aviso de edital publicado no Diário Oficial, não são apenas veículos leves que pretende locar. Há também utilitários e picapes médias. O valor previsto – disse a coluna – daria para comprar mil carros populares. A Sanepar corrige: são 471 modelos a serem locados, alguns deles com preço de mercado que chega a R$ 122 mil. Ah, bom.

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