O diretório municipal do Partido dos Trabalhadores (PT) está convidando militantes e filiados para o Encontro de Tática Eleitoral. Será sábado que vem, dia 28, às 9 da manhã, na sede do Sintacon – o Sindicato dos Trabalhadores na Construção Civil. Dito assim, pode parecer apenas mais uma reunião da rotina partidária – mas já se sabe que os temas em discussão vão muito além da burocracia interna.
Os petistas deverão consagrar, neste dia, o rompimento oficial com a gestão do prefeito Gustavo Fruet (PDT), com quem fizeram aliança para o pleito municipal de 2012. A aliança resultou na eleição da vice, Mirian Gonçalves, e na ocupação de várias secretarias e cargos de segundo escalão por membros do PT.
Além do rompimento, o encontro deve também decidir que o partido terá candidato próprio a prefeito em 2016. Nesse caso, não subsistem dúvidas de que o nome a ser escolhido será o do deputado Tadeu Veneri, líder da oposição a Richa na Assembleia. Linhas para formação de alianças com outras legendas e para lançamento de candidatos à Câmara Municipal também serão debatidas.
As consequências do encontro serão imediatas: atuais ocupantes de cargos na prefeitura terão, naturalmente, de desocupá-los – a menos que, para preservá-los, se decidam pela desfiliação– exceção, claro, de Mirian Gonçalves, que permanece no mandato de vice-prefeita, mas pode perder o cargo de secretária do Trabalho, que acumula. Outro petista, Marcos Cordiolli deve também deixar a presidência da Fundação Cultural.
Dos três vereadores do PT (Professora Josete, Jonny Stica e Pedro Paulo), a tendência é a bancada se reduzir a apenas um. Dois deles pretendem manter-se na base de apoio de Fruet, embora ainda tenham dúvidas legais sobre a filiação em outro partido.
Outra consequência: o prefeito se liberta da fidelidade que o prendia ao PT – que o ajudou a se eleger – e abre as portas para formatar outras alianças partidárias para disputar a reeleição.
Dias de fama 1
Se um dia chegar ao plenário da Câmara Federal o processo de cassação do presidente, deputado Eduardo Cunha, não está fora de cogitação a possibilidade de estar no comando da sessão um parlamentar paranaense – Fernando Giacobo, do Partido Republicano (PR). Pelo seguinte:
• Eduardo Cunha estará impedido de presidir sessão destinada a decidir o futuro de seu próprio mandato.
• Nesse caso, de acordo com a linha sucessória dos membros da Mesa, assumiria a cadeira o 1º-vice-presidente, o maranhense Waldir Maranhão, do PP.
• Acontece que Maranhão também faz parte da “lista de Janot” – aquela penca de deputados e senadores denunciada ao STF pelo procurador-geral da República por envolvimento em delitos investigados pela Operação Lava Jato e, portanto, também sujeito à cassação ou a processo no Conselho de Ética da Câmara. Assim, o mais provável é que também não possa presidir a sessão.
• É nesse ponto que o destino pode colocar a responsabilidade histórica da cassação (ou absolvição) de Cunha sobre os ombros do 2º-vice-presidente, o paranaense Giacobo.
Dias de fama 2
Seus dias de fama, porém, tendem a demorar. Parece ser inesgotável o pacote de chicanas regimentais de que Eduardo Cunha pode se servir, com a ajuda de seus fiéis aliados. Como já ocorreu, na última quinta-feira (19), no momento em que o Conselho de Ética se preparava para a leitura do relatório que daria início efetivo ao processo: Cunha se utilizou de uma manobra regimental para suspender a reunião. A expectativa, agora, é que a leitura só seja feita na próxima terça-feira (24). Depois aparecerão novas chicanas, o recesso parlamentar, o carnaval... A retomada do rito tende a se dar lá por março de 2016.
Pedágio 1
Está bem próximo o dia em que as concessionárias das rodovias do Anel de Integração apresentarão ao DER a nova tabela de tarifas de pedágio. Considerando que a inflação dos últimos 12 meses chegou próximo dos dois dígitos, o aumento do pedágio dificilmente será menor do que 10%. Assim, por exemplo, o trecho Curitiba-Paranaguá deve subir dos atuais R$ 16,80 para cerca de R$ 18,50.
Pedágio 2
Em alguns outros trechos, a alta pode ser bem maior, resultante da “negociação” que o governador Beto Richa fez com as concessionárias para antecipar obras que estavam previstas para mais tarde. Com isso, gerou os chamados “degraus tarifários”, principalmente em rodovias do Norte, que serão pagos, obviamente, pelos usuários.
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