Olho vivo
Mais caro 1
Após duas tentativas fracassadas no fim do ano passado, a Copel relançou o edital de compra de avião executivo a ser utilizado pelo governador Beto Richa. A diferença entre a nova licitação e as anteriores está no preço que a empresa está disposta a pagar pelo Aerobeto, R$ 1 milhão mais caro. Em vez dos R$ 16 milhões inicialmente previstos, a Copel oferece agora o valor máximo de exatos R$ 17.099.740,03, conforme consta do edital relançado n.º 504421/2011. As propostas serão abertas às 9 horas do próximo dia 10.
Mais caro 2
As características técnicas do avião desejado não foram alteradas: trata-se de um turboélice para oito passageiros capaz de operar em pistas curtas (mil metros), pavimentadas ou de terra, e com autonomia de 1,5 mil quilômetros. Itens de conforto continuam previstos no edital, como a exigência de compartimento para acondicionar bebidas e a instalação de sistema de entretenimento composto por CD/DVD e telas de LCD, além de "acabamento interno no padrão das aeronaves executivas".
Mais caro 3
Antes mesmo da aquisição, o governador já autorizou a Casa Militar a firmar convênio com a Copel para que a aeronave fique disponível para seu exclusivo uso, embora todas as despesas devam correr à conta da estatal. Se tudo correr bem no processo de compra, o avião deve ser entregue até o fim do ano. O modelo é muito semelhante ao velho turboélice King Air que pertencia à frota oficial, arrematado no ano passado em leilão pela Helisul, tradicional prestadora de serviços de transporte aéreo ao governo estadual.
Benefícios
A Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) inscreveu entre suas metas para 2012 alcançar mais dois benefícios para os juízes e desembargadores: isenção do pagamento do imposto de renda sobre abono de férias e pagamento retroativo do auxílio-alimentação. A entidade paranaense informa que se baseia em reivindicações análogas da magistratura de outros estados. Os textos dos requerimentos que pretende encaminhar a quem de direito serão publicados na área restrita do site da Amapar, com acesso apenas por meio de senha.
Chegamos hoje à terceira entrevista da série que a editoria política desta Gazeta faz com candidatos à prefeitura de Curitiba. Como o critério combinado foi o de obedecer a ordem alfabética, já discorreram sobre suas ideias para a cidade os deputados federais Angelo Vanhoni e Dr. Rosinha, ambos do PT, nas edições de terça e quarta-feira, e o estadual Fabio Camargo, do PTB, na edição de hoje.
Lamentavelmente, nenhuma das três entrevistas teve o poder de credenciar fortemente qualquer deles como candidatos para os quais os eleitores teriam certeza de que depositariam seus votos em outubro próximo. Os dois petistas, por exemplo, nem se consideram candidatos de verdade.
Vanhoni (que já tem em sua história três disputas pela prefeitura), não disfarçou a ideia de que, mais importante para o PT é construir uma aliança que viabilize já de cara uma vitória das oposições, ainda que isto signifique apoiar candidato de outro partido. No caso, ficou bastante implícito, apoiar Gustavo Fruet, do PDT, notória preferência da ala majoritária do PT paranaense liderada pelos ministros Paulo Bernardo e Gleisi Hoffmann.
Radical na defesa da candidatura própria do PT é o deputado Dr. Rosinha com a ressalva, também implícita na entrevista, de que sua motivação não é ganhar a eleição, mas sim de dividir o quanto mais o eleitorado para levar o pleito a ser decidido em segundo turno. Pelo seu raciocínio, é um risco deixar que a eleição seja levada à polarização entre o candidato do governador Beto Richa, o prefeito Luciano Ducci, e Gustavo Fruet, representante das forças que apoiam a presidente Dilma Rousseff. Rosinha admite que, no segundo turno mas apenas no segundo turno , o PT integre a aliança com Fruet.
Já o petebista Fabio Camargo, embora se apresente com segurança como candidato de seu partido, terá, primeiro, de vencer a batalha interna. A cúpula estadual, presidida pelo deputado Alex Canziani, já anunciou adesão à reeleição de Luciano Ducci e nem admite discutir a possibilidade lançar candidato próprio em Curitiba. Camargo não compartilha dessa ideia: diz que tem o domínio da convenção local e que não terá dúvidas de recorrer à Justiça para garantir a própria candidatura.
Portanto, no caso dele e dos demais já entrevistados, o melhor é esperar pelas confirmações.
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